Agradecimento
Quero agradecer em primeiro lugar a Deus pelo dom da vida, em segundo ao Departamento de Ciências Sociais da Universidade Pedagógica, Delegação da Beira pela orientação metodológica sobre a cadeira de Práticas Pedagógicas em Geografia no que tange a assistência de aula cujo espaço de acção foi na Escola Secundária da Ponta-Gêa. Os meus agradecimentos vão de igual modo a Direcção da Escola Secundária da Ponta-Gêa em geral e a professara Domingas em particular pelas contribuições valiosas durante o período das minhas práticas. Reconheço que muitos dos meus colegas tiveram algumas dificuldades no que tange ao acesso a assistência de aula. Ao tutor da Cadeira e aos colegas da turma, meus profundos agradecimentos.
Lista de Abreviaturas
ESPG
– Escola Secundária da Ponta-Gêa
MINED
– Ministério de Educação e Cultura
ONP
– Organização Nacional dos Professores.
PPII
– Práticas Pedagógicas II
PEA
– Processo de Ensino e Aprendizagem.
Resumo
As Práticas Pedagógicas, do terceiro ano na Universidade Pedagógicas nos cursos de
formação Psico-pedagógicos, consistem na assistência de aulas. Por tanto,
este relatório vincou-se sobre as actividades de observação/assistência de aulas na Escola Secundária da Ponta-Gêa, na 9ª classe, turma1, com o propósito de dotar ao
assistente um certo domínio sobre que método, estratégias o futuro professor deve usar
em seu dia a dia em sala de aula. Atendendo
que o processo de ensino-aprendizagem configura-se na acção conjunta do professor e dos
alunos, em que o professor estimula e dirige as actividades em função da
aprendizagem dos alunos. No decurso deste relatório, estão aqui abordados os momentos que se devem observar
no acto de leccionação. Deste modo, atrelado a estrutura formativa do processo
de ensino escolar encontramos os métodos de ensino, os objectivos educacionais,
a planificação, os conteúdos programáticos, a avaliação e a relação professor –
aluno.
Introdução
O
presente relatório de Práticas Pedagógicas II, versa sobre assistência de aulas realizada na Escola Secundária da Ponta-Gêa.
Como é sabido, no decurso das actividades das PPII nos cursos de
formação de quadros da educação na Universidade Pedagógica, as PPII do segundo
semestre do terceiro ano consistem na assistência de aulas e destas não fugiram
a regra, tendo como palco assistência de aulas na Disciplina de Geografia, 9ª
classe, turma 1, na Escola Secundária da Ponta-Gêa.
O
relatório aborda todos os momentos vivenciados durante a assistência e/ou observação
de aulas que tinham como propósito, verificar como se processa o processo de
ensino e aprendizagem em sala de aula no ensino de Geografia. Retrata, a
relação professor-aluno, como uma etapa mais importante que deve considerar
como crucial quando o assunto é leccionação, pois se não há conforto na relação
professor-aluno, compromete os objectivos de ensino, sendo que há necessidade
de se consolidar cada vez mais a relação acima descrita.
O
relatório está dividido em capítulos para facilitar a compreensão das actividades
executadas pelo autor. Espelhou se a necessidade de observar o domínio das
funções didácticas, dos métodos, dos meios, da planificação diária assim como quinzenal,
pois é na efectivação destes elementos que os conteúdos possam ter efeitos
positivos imediatos.
Objectivos
Objectivo Geral
Ø Adquirir
experiência no processo de leccionação de aula.
Objectivos específicos
Ø Observar
os procedimentos metodológicos e dificuldades de professor na transmissão de
conteúdos;
Ø Analisar
os métodos e meios aplicados pelo Professor de Geografia durante as aulas;
Ø Sugerir
mecanismos de procedimentos para melhorar a actividade docente.
Abordagem metodológica
O
autor partiu da concepção de Nérici (1991) ao afirmar que Método é o caminho
pelo qual se pretende alcançar um certo objectivo proposto. Nesta ordem de
ideia, para a elaboração deste presente relatório foi necessário o uso de
diversos métodos com maior destaque para o método de observação de entre eles (Directa
e Indirecta) e método bibliográfico que consistiu na revisão bibliográfica.
CAPITULO I
1. Descrição da Escola Secundaria da Ponta-Gêa
1.1. Localização física Geográfica
A
Escola Secundária da Ponta-Gêa (ESPG), localiza-se na República de Moçambique,
na Região Centro do País, na Província de Sofala, na Cidade da Beira, no Posto Administrativo
Central, no terceiro Bairro - Ponta-Gêa, tendo como limites:
Norte:
Avenida Dom Gonçalo da Silveira.
Este:
Avenida Mouzinho de Albuquerque.
Oeste:
Rua Sancho de Toar.
Sul:
Avenida Dom Francisco de Almeida.
1.2. Historial da Escola
As obras de construção da Escola,
iniciaram no dia 05 de Abril de 1955, e foram concluídas em 07 de Dezembro de
1956, ano em que começou a funcionar como Colégio
Luís Camões. Mais tarde passou a ser chamada de Escola Dona Isabel de Lencastre, funcionado em simultâneo com a
repartição escolar Manica Sofala.
1.3. Finalidade da Escola no Período Colonial
A Escola estava destinada para um
certo grupo social (brancos e assimilados). Ela foi construída com o propósito
de ser uma escola e a sua capacidade era de 330 alunos, funcionando em 10 salas
de aulas.
Em Julho de 1975, após as
nacionalizações a escola passou a ser chamada de escola Primaria da Ponta-Gêa e
a parte do edifício que funcionava como repartição Manica Sofala, passou a
funcionar como Delegação de Educação da
Cidade da Beira, que actualmente serve de moradias, biblioteca, sala 13,
gabinete da ONP da Cidade e Centro Social. O fundador proprietário da escola
foi o senhor João Jorge Nunes de
Almeida, despachante oficial.
Em 2011, a Escola, passou a se
chamar Escola Secundária da Ponta-Gêa no âmbito da expansão da rede escolar com
a introdução do 1º ciclo (8ª à 10ª classe) e em 2013 a escola introduz o 2º
ciclo (11ª e 12ª classe) com o apoio da Vale Moçambique.
Ate 2013, a escola funcionava com
cerca de 13 salas de aulas, um gabinete para Directora da Escola, um gabinete
para Director Adjunto Pedagógico, do Ensino Secundário Geral Curso Diurno e um
gabinete para Adjunta Pedagógica, do Ensino Secundário Geral Curso Nocturno,
uma sala de professores, um gabinete onde funciona ONP local, cantina escolar,
uma secretaria, um gabinete da chefe de secretaria, dois quartos de banho dos
quais uma para direcção da escola e outra para professores, dois balneários
feminino e masculino uma casa de para professores, duas residências uma para a
directora e outra para Director adjunto Pedagógico ambas de tipo dois e um
anexo com duas moradias do tipo dois e um respectivamente.
1.4. Situação actual da Escola Secundaria da Ponta-Gêa
Actualmente a ESPG, conta com mais
de cinco salas novas somando um total de 18 salas de aulas, em parceria com
Empresa Mineradora Vale Moçambique na Pessoa da Esposa do Director de Logística
da Vale no Mundo, Humberto Freitas a quando da sua visita a escola em 2012 o
que possibilitou a introdução do 2º ciclo e requalificação da actual biblioteca
para sala de informática, reabilitação das três casas de banho e dois balneários,
reabilitação do campo desportivo polivalente, pintura geral da escola e
aquisição de 250 carteiras para salas de aula e 982 livros novos para
biblioteca e doação de 25 computadores e moveis para sala de informática.
1.5. Pessoal Docente e Administrativo
Através dos documentos que o autor
deste relatório teve acesso, pode-se constatar que a Escola possuí cerca de 83
funcionários dos quais 76 são corpo docente e sete (7), são corpo não docente.
No corpo docente, 40 dos 72, são homens, sendo que 36 são mulheres. Em relação
ao corpo não docente, 6 dos 7 funcionários são mulheres e apenas um é homem.
Figura:1. Tabela de corpo docente e não
docente
Pessoal docente e administrativo
|
H
|
M
|
Total:
|
Corpo
Docente
|
40
|
36
|
76
|
Corpo
Não Docente (funcionário)
|
1
|
6
|
7
|
Fonte: Autor,
através dos dados obtidos na escola.
1.6. Efectivo dos alunos da classe assistida
De acordo com os dados do relatório
anual de aproveitamento Pedagogico de II trimestre de 2014, indica que os
estudantes da 9ª classe, até ao dia de publicação deste relatório, a escola
dispunha de cerca de 740 alunos da 9ª classe, divididos em dois turnos dois
quais 576 são de Curso Diurno e 164 são do Curso Nocturno.
Figura: 2. Efectivo dos alunos da classe
assistida.
No de alunos da 9ª
Classe por curso
|
H
|
M
|
HM
|
Curso
Diurno
|
241
|
335
|
576
|
Curso
Nocturno
|
82
|
82
|
164
|
Total
|
323
|
417
|
740
|
Fonte: Autor,
através dos dados do relatório anula de aproveitamento pedagógico do II trimestre
2014.
1.7. Efectivo dos alunos da turma assistida
A ESPG, tem cerca de 10 turmas da
9ª classe, dos quais sete turmas são de curso diurno e 3 do curso Nocturno. A
9ª classe, turma 1, de acordos com os dados disponibilizados pela escola a
turma no primeiro trimestre estava composto por cerca de 85 alunos, dos quais
37 são homens e 48 são mulheres com uma faixa etária que varia dos 14 a 17
anos. Até ao segundo trimestre a sala era composta por 81 alunos, tendo se transferidos
dois alunos e três são dados como desistentes.
Figura:
3.
Efectivo dos alunos da 9ª classe, turma 1.
Turma 1, 9ª classe
|
Alunos no 1º trimestre
|
Alunos transferidos
|
Alunos desistentes
|
Alunos no fim do trimestre
|
|
||||||||
H
|
M
|
HM
|
H
|
M
|
HM
|
H
|
M
|
HM
|
H
|
M
|
HM
|
||
Total:
|
37
|
48
|
85
|
0
|
1
|
1
|
2
|
1
|
3
|
35
|
46
|
81
|
Fonte: Autor,
através dos dados do relatório anula de aproveitamento pedagógico do II
trimestre 2014.
1.8. Documentos Normativos da Instituição
Como estabelece os regulamentos das
instituições de ensino, documentos normativos podem ser vistas como sendo um
conjunto de instrumentos empregues na orientação do corpo directivo,
professores, alunos e trabalhadores na uniformização de métodos e na tomada de
consciência de medidas perante situações anómalas que possam acontecer no decurso
das actividades escolares.
Deste modo, este conjunto de
instrumentos, compreende todos os documentos indispensáveis para o
funcionamento de uma instituição de ensino dentro dos parâmetros legais
traçados pelo MINED. Dos documentos normativos existentes constam nesta escola
os seguintes:
Ø Regulamento
interno da escola;
Ø Regulamento
do ensino secundário geral;
Ø Despachos
ministeriais;
Ø Regulamento
de avaliação;
Ø Estatuto
do professor;
Ø Plano
anual, trimestral, mensal e semanal da secção pedagógica;
A aplicação destes documentos que
regulam o funcionamento da escola proporcionam um ensino bem sistematizado e
organizado, estabelecendo relações entre escolas, com a comunidade e com outras
instituições afins em suma permite a comunhão de objectivos, métodos e tarefas
entre diversas escolas.
O plano de actividade anual,
trimestral, mensal e semanal tem por objectivo programar os trabalhos a serem
desenvolvidos no espaço de tempo em causa e atribuir as responsabilizações as
pessoas envolvidas para o cumprimento dos deveres pedagógicos. Estes reflectem
actividades desde o período das matrículas até a época dos exames.
No novo currículo de ensino básico
espelha a situação actual da educação respeitante as novas perspectivas de
ensino bem como os novos métodos de avaliação. Pela sua importância há toda
necessidade do seu aprimoramento, apesar de algumas inovações constantes destes
não estarem em implementação como, por exemplo os ciclos de aprendizagens,
ensino básico integrado e introdução de novas disciplinas.
1.9. Horário de funcionamento da ESPG
A ESPG, funciona das 7:30 as 15:30,
para o atendimento ao publico em geral, mas internamente ela funciona entres
momentos que são: das 07:00h as 12:05h, das 12:45h às 17:55h e das 18:15 às
22:00h.
1.9.1. Projecto em carteira
A
Escola Secundária da Ponta-Gêa, tem como projecto em carteira a construção de
mais oito (8) salas de aulas (sobre o novo edifício segundo a sua arquitectura
que prevê três andares); requalificação do anexo para um laboratório de
ciências exactas e línguas e sala de reuniões;
Ø Falta
de meio de transporte para actividades de excursão para alunos e professores;
Ø Introdução
do ensino paralelo (geral e técnico profissional: artes e ofícios), com
objectivo de absorver os alunos que terminam o nível médio que não conseguem se
enquadrar no nível superior para participarem numa acção de formação de artes e
ofícios que podem ser definidos de acordo com as necessidades das empresas/mercado
como é o caso da acção de formação de operadores de máquinas, pedreiros,
carpinteiros, informática, maquinistas, entre outros.
Com
objectivo de conter os problemas que há em Moçambique de que, quando o aluno
termina o ensino geral não sabe fazer nada, se não só ler e escrever e a fraca absorção
dos alunos no ensino superior.
CAPITULO II
2. Essência de Práticas Pedagógicas
2.2. Prática Pedagógica
Para compreender a Prática Pedagógica é necessário associar alguns conceitos, tais como Pedagogia, Pratica Educativa, Ensino e Instrução.
A Pedagogia é “um campo de conhecimento que investiga a natureza das finalidades da educação numa determinada sociedade”. Ela assegura e orienta a prática educativa para finalidades sociais e políticas, criando condições metodológicas e organizativas (Libâneo, 1994).
A
Prática Pedagógica, por sua vez, é um fenómeno social e universal, na qual
cabem tarefas ao professor de assegurar aos alunos um sólido domínio de
conhecimentos e habilidades, o desenvolvimento de suas capacidades
intelectuais, de pensamento independente, crítico e criativo.
Partindo
desse entendimento – pedagógico e prática educativa e adoptando o posicionamento
de Libâneo (1994), nota-se o carácter pedagógico da prática educativa se
verifica na acção consciente, intencional e planificada do professor no
processo de formação humana. Tudo isso através dos objectivos e meios
estabelecidos por critérios socialmente determinados e que indicam o tipo de
homem a formar, para qual sociedade, com que propósitos.
Corroborando
com esses entendimentos, Libâneo (1994), esclarece que a instrução tem
resultados formativos quando converge para o objectivo educativo, estabelecendo,
pois, uma unidade entre educação e instrução. Embora sejam processos
diferentes; pode-se instruir sem educar, e educar sem instruir.
Para
Cunha (1992), a Prática Pedagógica é o “quotidiano do professor na preparação e
execução do ensino”.
Observamos
na definição do autor que a prática pedagógica delimita-se no ensino, apesar de
a mesma ser muito mais abrangente, porque envolve um conjunto de interesses
socialmente determinadas.
De
maneira geral, a prática pedagógica é toda acção docente com fins educativos
cujo objectivo é atender determinada sociedade a partir da prática educativa,
mediante o ensino e a instrução.
Outro
esclarecimento que merece destaque é a cerca da instrução e do ensino. Aquele
se refere à formação e desenvolvimento intelectual, mediante o domínio de certo
nível de conhecimentos sistematizados. Este corresponde a acções, meios e
condições para a realização da instrução.
CAPITULO III
3. Processo de Assistência
O
autor deste relatório esteve afecto na 9ª classe, turma 1, com mais dois
colegas tendo como tutora a Professora Domingas João Sacama, de Disciplina
de Geografia, que lhes recebeu com toda bondade e assim como a turma pela
maneira sabia que souber manifestar durante o processo todo o processo que o
autor esteve a observar.
O
processo de assistência das aulas começou no dia 10 de Setembro de 2014, depois
de uma semana aguardando o diferimento para a realização das práticas
pedagógicas. É de recordar que nesta escola estiveram 15 estudantes do mesmo
curso com o mesmo fim, a realização de práticas, a morosidade do diferimento,
talvez esteja associado a este elevado número de estudantes. Quanto a data do
término das práticas pedagógicas, foi em 30 de Setembro de 2014, como
preconizava o tempo de práticas pedagógicas.
3.1. Dias de aula da Disciplina de Geografia na turma assistida
A turma 1, da 9ª classe, da Escola Secundaria da
Ponta-Gêa, no ano de 2014, de acordo com o horário, as aulas da Disciplina de Geografia
era ministrada no terceiro tempo das terças-feiras e primeiro tempo de
quarta-feira.
3.2.Temas assistido durante as praticas pedagógicas
O autor os encontrou os alunos quando estes estavam
na Unidade Temática III, que versa sobre a Industria e Comercio e de entre
vários temas tratados durante o período da sua observação foram os de destacar:
Ø Outras avaliações no dia 10 de Setembro de 2014.
Ø Industria e o ambiente no dia 16 de Setembro de
2014.
Ø Distribuição mundial dos principais recursos
minerais e energéticos no dia 17 de Setembro de 2014.
Ø Sistematização dos recursos minerais e energéticos
no dia 23 de Setembro de 2014.
Ø Recursos minerais não metálicos – continuação no
dia 24 de Setembro de 2014.
Ø Minerais energéticos no dia 30 de Setembro de 2014.
3.3. Analises dos temas tratados durante a observação de aulas
No
que concerne ao primeiro dia de observação de aula, a professora tinha como
conteúdo “Outras Avaliações”, que consistiu na avaliação dos cadernos.
Diante
deste facto, o autor socorre-se ao PILETTI (1992), ao afirmar que avaliação é
um processo contínuo de pesquisa que visa interpretar os conhecimentos,
habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças esperadas no
comportamento, propostas nos objectivos, a fim de que haja condições de decidir
sobre alternativas do planeamento do trabalho do professor e da escola como um
todo.
E
LIBÂNEO (1992) que considera a avaliação como uma tarefa didáctica, necessária
e permanente do trabalho docente, que deve acompanhar passo a passo o processo de
ensino e aprendizagem.
Contacto
a professora, ela comentou que o objectivo da avaliação dos cadernos dos alunos
tinha como propósito:
“Verificar a participação dos
estudantes na sala de aula, partindo do pressuposto que os cadernos que
possuírem todos os apontamentos implica terem participado em todas aulas apesar
de que nem sempre é verdade. Neste caso, um dos critérios era ter todos apontamentos
do terceiro trimestre até a data que avalio e que a diversificação dos valores
vai de acordo com a organização dos conteúdos e do cuidado de caderno”.
No
segundo dia de assistência de aula, com tema: Industria e Ambiente, a aula
tinha como propósito despertar aos alunos sobre que impactos a industria traz
para o meio ambiente sendo que a leccionação desta aula, tinha muita
participação por parte dos estudantes, pois trata-se de um conteúdo com
realidade próxima do aluno e pela maneira sabia que a professora tem no uso dos
métodos.
Tendo
em conta que trata-se de sala numerosa, o uso do método de elaboração conjunta
que envolve a participação dos alunos na aula, pude constatar que o tempo usado
na mediação e consolidação foi exagerado o que implicou o não cumprimento dos
objectivos propostos no plano de acordo com o tempo previsto no plano de aula.
3.4. Métodos usados pela tutora
Segundo
Merenne (1999) e Libâneo (1992) método é o caminho para se alcançar um
objectivo pré-definido. Portanto, os professores de Geografia usam várias
alternativas no processo de leccionação para alcançar esses objectivos numa
dada aula.
No
que tange aos métodos, durante o processo de assistência de aulas notou-se uma
predominância do método de elaboração conjunta porque na aula houve muitas
contribuições por parte dos alunos o que permitia uma forte interacção entre a professora
e alunos até em algum momento a professora foi obrigada a limitar alguns alunos
como forma de gerir o tempo diante deste facto, ela sentiu a necessidade do uso
do método expositivo, pois tratando-se de ultimo trimestre, o objectivo de
qualquer docente é terminar com os programas.
3.5. Os meios usados pela tutora
O
autor durante a sua assistência constatou que, para além do livro do aluno, a professora
limitou se apenas a usar a imagem do quadro. Também é necessário destacar que a
tutora tentou explorar o princípio da realidade próxima do aluno baseando nos
seus exemplos como é caso da fábrica de Cimento de Dondo, a fábrica de Óleo da
Munhava, quando abordava sobre o tema: Industria e o Ambiente.
Segundo
FREIRE (1996;103) ˮ processo de ensino e aprendizagem exigem autoridade e
liberdade. Nesta ordem de ideias, o professor deve ser capaz de colocar a sua
autoridade durante a exposição, deste momento que crie uma liberdade para os
alunos contribuírem, opinar e interagir livremente durante a aula, querendo
afirmar que a autoridade do professor não pode de alguma forma limitar a
expressão dos alunos, algo que as vezes têm tornado ineficaz o método
expositivo. Continuando, Nérice (1989;215)ˮ é necessário que o professor prove
se a matéria dada foi ou não assimilada, através de uma avaliação contínua ou
formativa, onde o professor tem a obrigação de colocar algumas questões ou dar
alguns exercícios durante a aula para conseguir verificar se os alunos estão ou
não entendendo a matéria, e também para poder apurar as dificuldades
enfrentadas durante a aula.
Durante
a aula o professor foi cumprindo com outras funções didácticas normalmente.
Deste modo, a aula foi positiva, a medir pelo domínio dos conteúdos
demonstrados pelos professor bem como pela organização lógicas leccionada, alem
de o professor ter criado alguns momentos de poder ouvir e respeitar as ideias
expostas pelos alunos.
3.6. Planificação quinzenal
Pode
se definir planificação quinzenal como sendo, o estudo e previsão de
estratégias que são usadas numa dada aula em função das condições que a escola
apresenta, com particular destaque a problemática das fontes que é muito
saliente nos dias de hoje.
O
autor não teve a ousadia de participar na elaboração dos planos mas quando mais
tarde se apercebeu que havia necessidade de incluir no relatório, o autor
voltou a se encontrar com a tutora para a observância destes detalhes e colecta
do mesmo o que surtiu no ensaio e posterior elaboração por parte do autor.
3.7. Planificação de aulas
Segundo
LIBANEO (1994:177) ˮ aula é um conjunto de meios e condições pelas quais, o
professor dirige e estimula o processo de ensino, em função das actividades próprias
do aluno no processo de ensino e aprendizagem escolar, ou seja a assimilação
consciente e activa dos conteúdos. Em outras palavras, o processo de ensino
através de aulas possibilita o encontro directo entre o professor, os alunos e
os conteúdos preparados didacticamente no plano de ensino e no plano de aulas.
Para
Piletti (2002) a planificação de aula é a especificação dos comportamentos
esperados do professor e alunos em relação aos conteúdos e procedimentos bem
como os recursos que serão utilizados para a sua realização.
O
autor, não teve a oportunidade de participar na elaboração dos planos durante a
sua assistência, mais quando este percebeu que era necessário incluir no
relatório teve a ousadia de fazer com ajuda da tutora e como havia necessidade
de incluir nos anexos os planos de aulas assistidas, o autor não teve acesso
dos planos, dai que foi sugerido pela tutora para elaborar os planos de aula
pessoalmente, acerca dos conteúdos por ele assistido e que seriam assinados
pela tutora, sendo que estes encontram-se nos anexos.
3.8. Dosificação
Em
relação a este item, havia total certeza de o autor ter este documento, mas
mais tarde, esta certeza, reduziu-se num fracasso. Tendo-se como argumento da
tutora, não ter localizado de onde havia guardado, dai que o autor não traz
este documento no anexo.
3.9. Relação Professor – aluno
Libâneo
(1994), argumenta que as relações entre professores e alunos, as formas de
comunicação os aspectos afectivos e emocionais, a dinâmica das manifestações na
aula, fazem parte das condições organizativas do trabalho docente.
O
professor, não apenas transmite uma informação ou faz perguntas, mais também
ouve os alunos. Deve dar-lhes atenção e cuidar para que aprendam a
expressar-se, a expor opiniões e dar respostas (Libâneo, 1994).
De
acordo com Jeremias Júnior e Sene (2008) “os processos de ensino e aprendizagem
em um ambiente escolar acontecem sempre com a presença de dois agentes onde em
momentos de interacção e interactividade promovem trocas de conhecimentos”.
Visto isso, é de fundamental importância uma óptima relação entre o docente e o
discente, que juntos podem construir um eficaz e sólido conhecimento.
Apesar
do elevado número de alunos, o autor deste relatório constatou que a relação
professor-aluno naquela sala, rena um bom clima pois a professora durante as
aulas usava de forma fluida as funções didácticas com uma motivação contínua
que criava prazer no aluno de participar sempre, demonstrando assim que possui
virtudes necessárias mas devido o tempo e o número dos alunos foi mais notório
o método expositivo para facilitar a gestão do tempo.
3.9.1 Dificuldades encaradas na efectivação das actividades de assistência e execução do relatório
É de salientar que as dificuldades
existiram, desde o primeiro dia de assistência até a elaboração deste relatório
mais muito destas foram cada vez ultrapassados.
O autor nota as dificuldades
ultrapassadas como o caso de elaboração de planos de aula e a capacidade de
encarar os colegas no lugar de estudantes, algo que terá sido notado no
processo de simulação de aula, quando este regressou das práticas pedagógicas.
Das dificuldades não ultrapassadas
é de mencionar: o acesso ao plano de aula, da dosificação e do plano quinzenal
da escola, mais principalmente da docente assistida pelo autor, sendo que estes
eram importantes para servirem de anexos e/ou de comprovativo que o assistente,
esteve envolvido, nas praticas naquele estabelecimento de ensino.
Conclusão
Terminado o relatório, percebi que, as praticas pedagógicas no concernente a assistência de aulas, ela tem dupla função de entre elas, ganhar o domínio na exploração dos meios e/ou recursos didácticos que o assistente apreende durante as actividades de observância e como aplicar os métodos com a realidade concreta, neste caso, faixa etária dos alunos, dos comportamentos e da constituição dos alunos em sala de aula. O autor que dizer, que durante as suas praticas, constatou que os métodos são aplicados em função da realidade dos alunos e do efectivo existente em sala de aula. Os planos de aulas servem de linhas orientadoras para facilitar o professor no acto de leccionação a atingir os objectivos de entre eles, os cognitivos, psicomotores e afectivos. O autor constatou poucas foram as vezes que a professora usou outros matérias didácticos a não ser, a imagem do quadro, o livro do aluno.
Bibliografia
CUNHA,
M.I. O bom professor e sua pratica. 2ª ed. São Paulo, 1992.
JEREMIAS
JÚNIOR, Daniel Paulo; SENE, Richard Ferreira. A cultura da educação Fisica
escolar: Planificação, conteúdo, metodologia, estratégia e avaliação.
EFDeportes.com, revista Digital. Buenos Aires, ano 13, n. 119, Abril de 2008.
LIBÂNEO, José Carlos, Didáctica. 3 Edição, Cortes
Editora, São Paulo, 1992.
Merenne, Bernadete, Didáctica de Geografia, 1a
edição, editora ASA, 1999
Nérici, Imédio, G. Introdução a Didáctica Geral,
16a edição, São Paulo, 1991
PILETTI, Claudino, Didáctica Geral, 23 edição,
Editora Ática, São Paulo, 2002
UP, Regulamento académico para os cursos de graduação
e de Mestrado, aprovado na primeira sessão ordinária do conselho Universitário
através da deliberação no 01/CUP/201, Maputo, 2010.