sábado, 22 de outubro de 2016

ASPECTOS CONVERGENTES E DIVERGENTES DA EDUCAÇÃO FORMAL E NÃO FORMAL


Introdução


Metodologia

Para a realização deste trabalho, o autor recorreu o uso de literaturas que versam sobre o tema em estudo, cujas referencias bibliográfica estão patentes na bibliografia final deste trabalho. Algumas das outras foram possível através de recurso da internet como é de referencia da autoria de Maria da Glória Gohn, intitulado sob o tema: Educação não formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, 2006, cujos subsídios tornaram possível a presente pesquisa.   

1.     Estudo de Educação Formal, Educação não formal, convergência e divergências

Para a realização deste trabalho, procuraremos primeiro dar ênfase numa primeira fase, a descodificação de alguns termos que a autora pressupõe ser importante a sua conceituação.

1.1.1.      Educação
É um processo pelo qual, a sociedade forma seus valores, membros, imagem em função dos seus interesses. (GOLIAS, 1993:112).
Para CHIAVENATO, (1999:323). “É toda influência que o ser humano recebe do meio ambiente, durante a sua existência no sentido de se adaptar as normas, valores sociais vigentes e aceites”.
Ela pode ser entendida como um processo de desenvolvimento da capacidade intelectual da criança e do ser humano, revestindo-se de um significado tão amplo e abrangente que, em geral, prescinde de adjectivos.
“É um processo pela qual, os indivíduos adquirem novos conhecimentos e habilidades nas suas relações interpessoais. É um processo único, associado quase sempre à escola”. (GASPAR, 2007:171)

De tal forma como o descrevemos no entendimento de alguns autores, para que esse processo e a discussão que dele apresentamos sejam melhor compreendidas, algumas distinções ou adjetivações devem ser feitas, sendo que no entanto, para o presente trabalho são abordado sobre a educação formal e não formal, convergências e divergências.

2.     Educação Formal

Para GASPAR (2007:171), a educação formal é “todo conhecimento oficial, oferecida nas escolas ou instituições de ensino com níveis, graus, programas, currículos e diplomas”.
Nas afirmações de GOHN (2006:28), a Educação Formal é aquela desenvolvida nas escolas, com conteúdos previamente demarcados.
Para CHAGAS (1993:51), a educação formal é:
“Aquela caracterizada por ser aquela altamente estruturada, que se desenvolve no seio de instituições próprias (escolas e universidades) onde o aluno deve seguir um programa pré-determinado, semelhante ao dos outros alunos que frequentam a mesma instituição”. (CHAGAS, 1993:51).
Em resumo, para a autora, “a educação formal pode ser entendida como sendo: “aquela que está presente no ensino escolar institucionalizado, cronologicamente gradual e hierarquicamente estruturado”.

3.      Educação Não Formal

No entendimento de GOHN (2006:28), quando se fala em educação não formal, é quase impossível não compará-la com a educação formal. A autora faz uma distinção entre as três modalidades, demarcando seus campos de actuação:

Para esta: “a educação não formal é aquela que se aprende “no mundo da vida”, via os processos de compartilhamento de experiências, principalmente em espaços e acções colectivas quotidianas”. (GOHN, 2006:28).

Segundo CANÁRIO, (2006:3), a Educação não formal é entendida no âmbito das “situações educativas (não formais ou informais) que se distinguem e demarcam do formato escolar” e se “situam num continuum

A educação não formal resulta, por exemplo, da iniciativa de grupos que se empenham na alfabetização de adultos, de empresas que oferecem cursos de aperfeiçoamento de habilidades para seus empregados, de igrejas, que reúne fieis para ensino religioso, de comunidades que preparam jovens para o exercício da cidadania.
Esse procedimento abrange também as iniciativas de sindicatos, partidos políticos, da mídia – quando ao lado da programação habitual de entretenimento, oferece cursos específicos – e até das escolas, quando abrem seu espaço em fins de semana para actividades com a comunidade.
A maior importância da educação não-formal está ma possibilidade de criação de novos conhecimentos, ou seja, a criatividade humana passa pela educação não-formal.
A educação não-formal existe intencionalidade de dados sujeitos, em criar ou buscar determinadas qualidades e/ou objectivos.
Usualmente se define a educação não-formal por uma ausência, em comparação ao que há na escola (algo que seria não-intencional, não planejado, não estruturado), tomando como único paradigma a educação formal.
Ao estudarmos a educação não-formal desenvolvida junto a grupos sociais organizados, ou movimentos sociais devemos atentar para as questões das metodologias e modos de funcionamento por serem um dos aspectos mais relevante do processo de aprendizagem.

Nos dois tipos de educação aqui arrolados, para a autora em concordância com (GOHN, 2006:29), todos os tipos de educação, convergem na possibilitam de permitir ao indivíduo a aquisição de conhecimentos face às adversidades do quotidiano. 

4.1.1.      Quanto ao espaço de acção

ü  A Educação Formal tem um espaço próprio para ocorrer;
ü  A educação não formal ocorre a partir da troca de experiências entre os indivíduos, sendo promovida em espaços colectivos;
ü  Na educação formal estes espaços são os do território das escolas, são instituições regulamentadas por lei, certificadoras, organizadas segundo diretrizes nacionais;
ü  Na educação não-formal, os espaços educativos localizam-se em territórios que acompanham as trajetórias de vida dos grupos e indivíduos, fora das escolas, em locais informais, locais onde há processos interactivos intencionais (a questão da intencionalidade é um elemento importante de diferenciação);
ü  Na educação formal, os conteúdos são sistematizados com vista à formação de cidadão activo;
ü  A educação não formal tem outros atributos: ela não é, organizada por séries/idade/conteúdos; actua sobre aspectos subjectivos do grupo; trabalha e forma a cultura política de um grupo. Desenvolve laços de pertença.
ü  A Educação formal envolve pessoal especializado, organização de vários tipos (inclusive a curricular), sistematização sequêncial das actividades, o uso de disciplina, regulamentos e leis, órgãos superiores etc. Ela tem caráter metódico e, usualmente, divide-se por idade/classe de conhecimento.

ü  A educação formal é metodicamente organizada, ela segue um currículo, é divida em disciplinas, segue regras, leis, divide-se por idade e nível de conhecimento e visa atingir um status ou qualificação;
ü  A Educação não formal visa proporcionar conhecimentos sobre o mundo que envolve os indivíduos e suas relações sociais (GOHN, 2006:29).
ü  Já a educação não formal trabalha com a subjectividade do grupo e contribui para sua construção de identidade.

Para GOHN (2006:31), a educação formal e não formal, pressupõem atingir os seguintes resultados:
ü  Para a educação formal, visa atingir a aprendizagem e a titulação ao passo que;
ü  Para a educação não formal, há o desenvolvimento de vários processos.

Um bom exemplo de educação não formal está na Pedagogia utilizada por Paulo Freire.   Neste modelo, os educandos, nos “círculos de cultura”, discutiam sua realidade e faziam, além da leitura da palavra, a leitura de mundo.
GOHN (2006) ressalta a importância da educação não formal, pois está “voltada para o ser humano como um todo”., Entretanto, afirma que  ela não substitui a educação formal, mas poderá complementá-la por meio de programações


Conclusão

Terminado o trabalho, percebemos que diante da educação formal e não formal, encontramos para alem de convergências, muitas divergências, que vão desde o espaço de acção ou de aprendizagem. Enquanto a Educação formal se realiza em um espaço geográfico demarcado, como escola e universidades, com um sistema seqüencial de conteúdos, a educação não formal se processa em todos os locais com maior índice onde há abrangência de pessoas e não obedecer nenhum critério bem como cientificidade. São tratados aspectos que visam a preparação do cidadão. O estudo deste tema permitiu a autora ganhar algumas habilidades bem como conhecimentos atinentes ao tema ora debatido ao longo deste trabalho.       


Bibliografia

CANÁRIO, R. Aprender sem ser ensinado. A importância estratégica da educação não formal. In AAVV, A Educação em Portugal (1986- 2006)
CHAGAS, I. Aprendizagem não formal/formal das ciências: Relações entre museus de ciência e escolas. Revista de Educação. Lisboa. 1993.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a teoria geral da Administração. Rio de Janeiro. 1999.
GASPAR, Alberto. A educação formal e a educação informal em ciências. São Paulo. 2007.
GOHN, Maria da Glória. Educação não-formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, 2006.
GOLIAS, Manuel. Sistemas de Ensino em Moçambique. Maputo, 1993.  

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