sábado, 22 de outubro de 2016

Plano de Aula, Programa de Ensino, Pesquisa, Projecto de Pesquisa e suas etapa



Introdução
O presente trabalho aborda sobre as componentes de: “Plano de Aula, Programa de Ensino, Pesquisa, Projecto de Pesquisa e suas etapas”. O desenvolvimento dos temas acima descritos obedeceu a sua estrutura organizativa dai que se espera ter se conseguido atingir os objectivos desejados.
Atendendo e considerando que todo o processo educativo reveste-se de uma estrutura e organização, procuramos o Maximo possível trazer os elementos que envolvem cada item dos subtemas aqui arrolados. Entretanto frisar que nos foi meio difícil encontrar algumas definições exaustivas de alguns itens deste trabalho como no caso quando nos referíamos do conceito do projecto de pesquisa.


Objectivo

Geral:
Ø  Descrever sobre o plano de aula, programa de ensino, passos de elaboração de uma pesquisa e projecto.
Especifico:
Ø  Identificar as etapas de um plano de aula;
Ø  Enunciar as etapas de uma pesquisa e projecto;
Ø  Caracterizar o programa de ensino.

Metodologia

Para a materialização deste trabalho, foi possível a revisão de obras de autores que versam sobre o tema em questão, cujas referencias estão citadas ao longo do trabalho e encontram-se referenciadas na bibliografia final do presente trabalho.
A abordagem dos quatros temas deste trabalho, para a sua maior compreensão, a autora precisou referenciar tema por tema em uma sequência, nalgumas vezes começando por definir alguns termos achados relevantes para clarificar o trabalho.


1.      Plano de aula

1.1.            Conceito

Segundo HOKAMA (2002:69), plano de aula é o detalhamento do plano de ensino, as suas  unidades e subunidades que foram previstas no plano de ensino, em linhas gerais, são detalhadas e sistematizadas para uma situação real.
“É a organização sequencial do que será desenvolvido pelo professor no período escolar diário. Este planejamento é indispensável e deve ser considerado, como uma tarefa que servirá para orientar as ações docentes, como para a revisão e o aprimoramento a cada ano”. (Idem: 2002:69).
De acordo com LIBÂNEO (1992), citado por (TAVARES, 2001:117), o Plano de Aula é uma previsão do desenvolvimento do conteúdo para uma aula ou conjunto de aulas e tem um caráter bastante específico. Ele detalha o Plano de Ensino e o que se pode fazer de concreto. Os tópicos que foram previstos em linhas gerais são especificados e sistematizados, para uma melhor acção didática em sala.
Como a aula é um período de tempo variável, para a autora, aventa sobre a necessidade d planificação continua não de uma aula, mas um conjunto delas e para cada tópico o professor deve redigir, através de avaliação, um objetivo específico e prever formas de verificação do rendimento dos alunos.
Em conformidade com LIBÂNEO (1992), PILETTI (2007) acrescenta que: o plano de aula é a forma predominante do processo de ensino e aprendizagem.
“É na aula que organizamos e criamos as situações docentes, isto é, as condições e meios necessários para os alunos assimilarem activamente conhecimentos, habilidades e desenvolvam suas capacidades cognitivas”. (PILETTI: 2007).
Encontra-se aqui como principais qualidades profissionais do professor o estabelecimento de uma ponte de ligação entre as tarefas cognitivas (objectivos e conteúdos) e as capacidades dos alunos para enfrentá-las, de modo que os objectivos da matéria sejam transformados nos objectivos dos alunos.
O plano de aula é o detalhamento do plano do ensino, por isso que a preparação de aulas é uma tarefa indispensável. Assim como o plano de ensino, devem resultar num documento escrito que servirá não só para orientar as acções do professor como também para possibilitar constantes revisões e aprimoramentos de ano para ano. Assim sendo o professor sempre deve elaborar o plano de aula dada a sua importância e isso deve ser sempre por escrito e jamais mentalizados.
O professor deve prever formas de verificação do rendimento dos alunos, lembrando que a avaliação é feita no inicio (o que o aluno sabe antes do desenvolvimento de matéria nova), durante e no final de uma unidade didáctica. E se os alunos não dispõem de pré-requisitos bem consolidados a decisão do professor deve ser outra, gastando mais tempo para garantir uma base inicial de preparo através de recapitulação, pré-teste e exercícios.

1.3. Etapas de elaboração do plano de aula

ü  O primeiro passo é indicar ou identificar o tema central da aula;
ü  A seguir estabelecer os objectivos da aula, muitas vezes diz-se que no final da aula o aluno deve ser capaz de.
ü  Em terceiro lugar indicar o conteúdo que será objecto de estudo.
ü  Estabelecer os procedimentos e recursos de ensino;
ü  E por fim o plano de aula deve prever como será feita a avaliação, evitando apenas propor questões do tipo “o que é…”,  mas também as questões do tipo” dar relação…, descrever...” se o professor assim fazer ira ajudar o aluno não são a memorizar mas a desenvolver o raciocínio do aluno.

1.4. Exemplo de plano de aula

Escola S. Ponta-Gea                                    Obj. Geral: Conhecer Rede e Bacia Hidrográfica
Data: 27.08.2015                                          Obj. Específicos, o aluno deve ser capaz de:
Nome do prof: Ortencia J. Mufume             - Definir rede e bacia hidrográfica;
Disciplina: Geografia, 8α classe                  - Identificar as principais Bacias Hidrográficas
Tema: Rede e Bacia Hidrográfica             - Relacionar e diferenciar Rede da Bacia Hidrogr.
Tempo
F. Didáctica
Conteúdo
Actividades
Método
Meio
Obs
 Do professor
Do aluno
5’
G.N.I
Recapitulação da aula anterior sobre os elementos de um rio
O prof. pede voluntários para falar da aula anterior no máximo 3 alunos, falando sobre conceito de rio e os seus elementos.
Um aluno voluntário fala sobre rio e seus elementos
Elaboração conjunta
Cartaz, giz ou marcador, quadro

20’
Mediação de aula e assimilação
Conceito de rede hidrográfica;
Conceito sobre bacia hidrográfica
Explora a ideia dos alunos para dar conceito de rede hidrográfica,
Sistematiza a ideia dos alunos esquematizando a rede hidrográfica;
Depois faz o mesmo sobre a bacia hidrográfica.
Contribuicão suas idéias dando a definição de rede e bacia hidrográfica, usando o seu conhecimento.
Elaboração conjunta e exposição
Cartaz, giz ou marcador, quadro

15’
Consolidação e sistematização
Elaboração de perguntas sobre a aula
O Prof. Questiona a matéria dada dando perguntas do tipo:
 Define a rede e bacia hidrográfica.
Responde as questões da aula dada, passa apontamento no seu caderno diário.
Elaboração conjunta e exposição
Cartaz, giz ou marcador, quadro

5’
Controle e avaliação
Marcação do TPC.
Passa o TPC no quadro
Ex:. Diferencia a rede e bacia hidrográfica.
Faz a relação dos conceitos acima apresentados.

Regista o TPC.
Elaboração conjunta e trab. Independente.
Quadro, giz ou marcador



-

























1.5. Importância de planificação

A Planificação Escolar exerce várias funções. De acordo com LIBÂNEO (1992, p. 223) são elas:
• Explicitar princípios, diretrizes e procedimentos do trabalho docente;
• Expressar os vínculos entre o posicionamento filosófico, político-pedagógico e profissional e as ações efetivas que o professor irá realizar na sala de aula;
• Assegurar a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente;
• Prever objetivos, conteúdos e métodos, a partir da consideração das exigências postas pela realidade social, no âmbito de preparo e das condições socioculturais e individuais dos alunos;
• Assegurar a unidade e coerência do trabalho docente;
• Actualizar o conteúdo do plano sempre que é revisto;
• Facilitar a preparação das aulas.

2.      Estudo de programa de ensino

2.1.            Programa de Ensino

Para ARAUJO et al, (2014:7), programa de ensino é um documento orientador do Ministério da Educação sobre o que os professores precisam saber, o que as escolas precisam ensinar e o que será avaliado.
Segundo INDE (2015:2), Programas de ensino são:
“Instrumentos de base para as discussões pedagógicas dos professores nas escolas, planificação de aulas, reflexão sobre a prática educativa, análise do material didáctico e elaboração de projectos educativos, contribuindo para melhorar o desempenho profissional dos profissionais da educação”.

2.2.            Estrutura dos Programas de ensino, caso especifico de Ensino Primário Moçambicano 

Os Programas de Ensino Primário apresentam:
a) A Introdução
b) O Plano Temático (com indicação da unidade temática, os objectivos específicos, os conteúdos, as competências parciais e a carga horária)
c) As Sugestões Metodológicas
d) A Avaliação

a) Introdução

Na introdução, faz-se uma descrição dos propósitos e significado do Programa, a filosofia que está por detrás da sua concepção e as principais alterações em relação ao Programa anterior.

b) Plano temático

Para a orientação do professor, apresentamos uma grelha que ajudará a mediar o processo de ensino-aprendizagem. Apresentamos também orientações para a utilização do plano temático.
Eis a seguir o esquema desse plano:
Unidade Temática
Objectivos específicos
O aluno deve ser capaz de:
Conteúdos

Competências Parciais
O aluno:
Carga Horária






c) Sugestões Metodológicas

Depois do plano temático, são apresentadas as Sugestões Metodológicas que o professor poderá usar ou adaptar em função das necessidades de aprendizagem dos alunos, de modo a desenvolverem as competências definidas para o fim de aprendizagem de cada tema. Nas Sugestões Metodológicas, por vezes, são apresentadas algumas estratégias de abordagem metodológica de alguns assuntos. Essas estratégias não são “receitas” para o professor cumprir mecanicamente; trata-se de sugestões que podem ser úteis para a sua actividade, como facilitador do processo de ensino e aprendizagem.

d) Avaliação

Abordam-se as estratégias e procedimentos de avaliação, incluindo os critérios de Progressão por Ciclos de Aprendizagem, tendo em conta que a avaliação faz parte do processo de ensino-aprendizagem. É o meio que permite verificar se os resultados das actividades desenvolvidas pelos alunos correspondem às competências preconizadas no Programa de Ensino.

3.      Estudo da pesquisa e suas etapas

3.1.            Conceito:

Para ANDER-EGG (1978:28), a pesquisa é: “um procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos factos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo do conhecimento". A pesquisa, portanto, é um procedimento formal, com método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais.

3.2.            Etapas de realização de projecto de pesquisa

O desenvolvimento de um projeto de pesquisa compreende seis passos:
1. Seleção do tópico ou problema para a investigação.
2. Definição e diferenciação do problema.
3. Levantamento de hipóteses de trabalho.
4. Colecta, sistematização e classificação dos dados.
5. Análise e interpretação dos dados.
6. Relatório do resultado da pesquisa.

3.3.            Fases da Pesquisa


1. Escolha do tema.
2. Levantamento de dados.
3. Formulação do problema.
4. Definição dos termos.
5. Construção de hipóteses.
6. Indicação de variáveis.
7. Delimitação da pesquisa.
8. Amostragem.
9. Seleção de métodos e técnicas.
10. Organização do instrumental de pesquisa.
11. Teste de instrumentos e procedimentos.

3.3.1.      Escolha do tema

Tema é o assunto que se deseja estudar e pesquisar. O trabalho de definir adequadamente um tema pode, inclusive, perdurar por toda a pesquisa. Nesse caso, deverá ser freqüentemente revisto.
Escolher o tema significa:
a) Selecionar um assunto de acordo com as inclinações, as possibilidades, as aptidões e as tendências de quem se propõe a elaborar um trabalho científico;
b) Encontrar um objecto que mereça ser investigado cientificamente e tenha condições de ser formulado e delimitado em função da pesquisa.
A escolha do tema procura responder à pergunta: O que será explorado?

3.3.2.      Levantamento de dados

Para obtenção de dados podem ser utilizados três procedimentos: pesquisa documental, pesquisa bibliográfica e contactos directos.
A pesquisa bibliográfica é um apanhado geral sobre os principais trabalhos já realizados, revestidos de importância, por serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes relacionados com o tema. O estudo da literatura pertinente pode ajudar a planificação do trabalho, evitar publicações e certos erros, e representa uma fonte indispensável de informações, podendo até orientar as indagações.

3.3.3.      Formulação do problema

Problema é uma dificuldade, teórica ou prática, no conhecimento de alguma coisa de real importância, para a qual se deve encontrar uma solução. Definir um problema significa especificá-lo em detalhes precisos e exatos devendo haver clareza, concisão e objetividade. A colocação clara do problema pode facilitar a construção da hipótese central.
O problema deve ser levantado, formulado, de preferência em forma interrogativa e delimitado com indicações das variáveis que intervêm no estudo de possíveis relações entre si.
a) Viabilidade. Pode ser eficazmente resolvido através da pesquisa.
b) Relevância. Deve ser capaz de trazer conhecimentos novos.
c) Novidade. Estar adequado ao estádio atual da evolução científica.
d) Exequibilidade. Pode chegar a uma conclusão válida.
e) Oportunidade. Atender a interesses particulares e gerais.
A pergunta de partida deve tentar ter em si, o seguinte teor: O quê? Como?

3.3.4.      Especificação de objectivos

Toda pesquisa deve ter um objetivo determinado para saber o que se vai procurar e o que se pretende alcançar. Deve partir, afirma ANDER-EGG (1978:62), "de um objetivo limitado e claramente definido, sejam estudos formulativos, descritivos ou de verificação de hipóteses".
O objetivo toma explícito o problema, aumentando os conhecimentos sobre determinado assunto. Para ACKOFF (1975:27), "o objetivo da ciência não é somente aumentar o conhecimento, mas o de aumentar as nossas possibilidades de continuar aumentando o conhecimento”.
Os objetivos podem definir "a natureza do trabalho, o tipo de problema a ser selecionado, o material a coletar" (CERVO, 1978:49). “Podem ser intrínsecos ou extrínsecos,” teóricos ou práticos, gerais ou específicos, a curto ou a longo prazo.
Respondem às perguntas: Por quê? Para quê? Para quem?

3.3.5.      Definição dos termos ou fundamentaçao teorica 

O objetivo principal da definição dos termos é tomá-los claros, compreensivos e objetivos e adequados. É importante definir todos os termos que possam dar margem a interpretações errôneas. O uso de termos apropriados, de definições correctas, contribui para a melhor compreensão da realidade observada. Alguns conceitos podem estar perfeitamente ajustados aos objetivos ou aos factos que eles representam. Outros, todavia, menos usados, podem oferecer ambiguidade de interpretação e ainda há aqueles que precisam ser compreendidos com um significado específico. Muitas vezes, as divergências de certas palavras ou expressões são devidas às teorias ou áreas do conhecimento, que as enfocam sob diferentes aspectos. Por isso, os termos devem ser definidos, esclarecidos, explicitados.

3.3.6.      Construção de hipóteses

Hipótese é uma proposição que se faz na tentativa de verificar a validade de resposta existente para um problema. É uma suposição que antecede a constatação dos factos e tem como característica uma formulação provisória: deve ser testada para determinar sua validade. Correcta ou errada, de acordo ou contrária ao senso comum, a hipótese sempre conduz a uma verificação empírica. A função da hipótese, na pesquisa científica, é propor explicações para certos fatos e ao mesmo tempo orientar a busca de outras informações.

3.3.7.      Indicação de variáveis

Ao se colocar o problema e a hipótese, deve ser feita também a indicação das variáveis dependentes e independentes. Elas devem ser definidas com clareza e objetividade e de forma operacional. Todas as variáveis, que podem interferir ou afetar o objeto em estudo, devem ser não só levadas em consideração, mas também devidamente controladas, para impedir comprometimento ou risco de invalidar a pesquisa.

3.3.8.      Delimitação da pesquisa

Delimitar a pesquisa é estabelecer limites para a investigação. A pesquisa pode ser limitada em relação:
a) Ao assunto - selecionando um tópico, a fim de impedir que se torne ou muito extenso ou muito complexo; b) À extensão - porque nem sempre se pode abranger todo o âmbito onde o fato se desenrola; c) a uma série de fatores - meios humanos, econômicos e de exigüidade de prazo - que podem restringir o seu campo de ação.
Nem sempre há necessidade de delimitação, pois o próprio assunto e seus objetivos podem estabelecer limites.
ANDER-EGG (1978:67) apresenta três níveis de limites, quanto:
a) Ao objecto - que consiste na escolha de maior ou  menor número de variáveis que intervêm no fenômeno a ser estudado. Selecionado o objeto e seus objetivos, estes podem condicionar o grau de precisão e especialização do objeto;
b) Ao campo de investigação - que abrange dois aspectos: limite no tempo, quando o fato deve ser estudado em determinado momento, e limite no espaço, quando deve ser analisado em certo lugar. Trata-se, evidentemente, da indicação do quadro histórico e geográfico em cujo âmbito se localiza o assunto;
c) Ao nível de investigação - que engloba três estágios: exploratórios, de investigação e de comprovação de hipóteses, já referidos anteriormente. Cada  um deles exige rigor e refinamento metodológico.

3.3.9. Amostragem

A amostra é uma parcela convenientemente selecionada do universo (população); é um subconjunto do universo. Os processos pelos quais se determina a amostragem são descritos em detalhe no próximo capítulo.

3.3.10.      Seleção dos métodos e técnicas

Os métodos e as técnicas a serem empregados na pesquisa científica podem ser selecionados desde a proposição do problema, da formulação das hipóteses e da delimitação do universo ou da amostra.

3.3.11.      Conclusões

Última fase do planejamento e organização do projecto de pesquisa, que explicita os resultados finais, considerados relevantes. Entretanto, as conclusões devem estar vinculadas à hipótese de investigação, cujo conteúdo foi comprovado ou refutado. Em termos formais, é uma exposição factual sobre o que foi investigado, analisado, interpretado; é uma síntese comentada das idéias essenciais e dos principais resultados obtidos, explicitados com precisão e clareza.

3.3.12.      Relatório

Exposição geral da pesquisa, desde o planejamento às conclusões, incluindo os processos metodológicos empregados. Deve ter como base a lógica, a imaginação e a precisão e ser expresso em linguagem simples, clara, objetiva, concisa e coerente. Tem a finalidade de dar informações sobre os resultados da pesquisa, se possível, com detalhes, para que eles possam alcançar a sua relevância. São importantes a objetividade e o estilo, mantendo-se a expressão impessoal e evitando-se frases qualificativas ou valorativas, pois a informação deve descrever e explicar, mas não intentar convencer.

Para SELLTIZ (1965:517) o relatório deve abranger quatro aspectos:
a) Apresentação do problema ao qual se destina o estudo.
b) Processos de pesquisa: plano de estudo, método de manipulação da variável independente (se o estudo assumir a forma de uma experiência), natureza da amostra, técnicas de colecta de dados, método de análise estatística.
c) Os resultados.
d) Consequências deduzidas dos resultados.

3.3.13.      Referencia Bibliografica

Aqui são indicadas todas as obras literárias que foram usados para suportar a pesquisa.

4.                      Estudo  sobre Projecto de Pesquisa

4.1. Etapas de projecto de pesquisa

Segundo Robledo Lima Gil, são etapas de um projecto de pesquisa nomeadamente:

4.1.1. Escolha do tema

Devesse responder a seguinte questão: “O que pretendo abordar”.
O tema é um aspecto ou uma área de interesse de um assunto que se deseja provar ou desenvolver. Escolher um tema significa eleger uma parcela delimitada de um assunto estabelecendo limites ou restrições para o desenvolvimento da pesquisa pretendida.
A definição do tema pode surgir com base na sua observação do quotidiano, na vida profissional, em programas de pesquisas em contacto e relacionamento com especialistas, no feedback de pesquisa já realizadas e em estudos da literatura especializada (BARROS; LEHFELD, 1999).
Na escolha de tema, deve ter em conta a sua actualidade e relevância, seu conhecimento a respeito, sua preferência e sua aptidão pessoal para lidar com o tema e estudo ou escolhido.

4.1.2. Formulação do problema

Aqui refletes se sobre o problema que se pretende resolver com a pesquisa, se realmente é um problema e se vale a pena tentar encontrar uma solução para ele. A pesquisa cientifica depende da formulação adequada do problema, isto porque objectiva buscar sua solução.

4.1.3. Introdução

Aqui, da-se ênfase sobre  idéia geral do projecto para que o leitor possa se informar do que foi ou a pesquisa trata.  

4.1.4. Revisão da literatura (fundamentação teórica);

Aqui se procura responder questões de natureza como: “Quem já escreveu e o que já foi publicado sobre o assunto, que aspectos já foram abordados, quais as lacunas existentes na literatura. É imprescindível a literatura porque ela fornece elementos para que se evite a duplicação de pesquisas sobre o mesmo enfoque do tema. Favorecerá a definição de contornos mais precisos de problema a ser estudado. 

4.1.5. Justificativa;

Nesta etapa do projecto de pesquisa, procura-se aventar sobre as razoes que ditaram sobre a opção deste e não aquele, ou melhor, o porquê da realização, sua importância em relação a outros temas. Das vantagens do estudo, e a justifica deve convencer quem quer que seja ao ler o seu projecto. 
Estão aqui expostos entre os objectivos gerais e específicos.

4.1.7. Metodologia

Deve ter em conta aspectos como: sujeitos da pesquisa, colecta de dados e analise de dados;

4.1.8. Cronograma

Reserva-se em enunciar quanto tempo irá ser necessário para a realização do projecto ou da pesquisa, orçamento necessário, necessidades entre outras despesas.  

4.1.9. Referencias

Aqui são indicadas as referencias bibliográficas ou obra de autores que tornaram possível a materialização da pesquisa, tomando em consideração o nome de autor, titula da obra, edição e editora bem como ano e local da sua publicação.
Ao passo que para o site Slideshare.net/móbile, um projecto de pesquisa pressupõe a observância de três etapas, nomeadamente:
1.      Escolha do tema;
2.      Elaboração do Projecto;
3.      Redação do texto.
Para este, na escolha do tema, não basta encontrar o tema relevante mais sim, identificar um problema dentro dele.

1.      Escolha do tema
O autor avança enunciando que deve se tomar algumas actitudes na escolha de tema, como:
·         Relevância humana, social e cientifica da pesquisa;
·         Verficar se o tema e o problema já foram abordados antes, por quem, como, onde e quando;
·         Saber o enfoque que dará ao problema, caso o tema e o problema já tenham sido pesquisados por outros, mas com outro foco, em outro país e há muito tempo;
·         Identificar a viabilidade ética, técnica e financeira da pesquisa sobre o tema e problema escolhidos;
·         Gostar do tema e empolgar-se pela descoberta da solução para o problema de pesquisa identificado.

2.      Na elaboração do projecto
Tendo em conta que o projecto é o guia, é o mapa do pesquisador durante seu percurso de navegação investigativa, mas que não deva se prender rigorosamente as etapas  previstas no projecto de modo a não mexer ou mudar o planificado, se necessário for, quando da sua execução.
3.      Redação do texto
Concederá como a ultima e decisiva etapa na elaboração  do projecto de pesquisa acadêmico, sendo deverá apresentar a seguinte ordem:
1.      Capa: Título subtítulo, área e sub área da pesquisa, nome do pesquisador, nome  do orientador, local, mês e ano;
2.      Página 1: Introdução com problematização do tema, justificativa e hipóteses;
3.      Página 2: Objectivos: Geral e específicos;
4.      Página 3 e 4: Fundamentação teórica e relato de outras pesquisas sobre o tema;
5.      Página 5: Metodologia;
6.      Página 6:Cronograma de trabalho;
7.      Página 7: Referencias.


Conclusão

 Terminado o trabalho, percebemos  que o plano de aula é um plano diário, especifico para cada aula e que devia ser adequado em função da classe e com resultados imediatos. E para se testar sobre o que o plano preconizava atingir, os alunos devem ser propostos a tarefas como é caso de exercícios e ou avaliações.
Percebi ainda, que o Programa de Ensino é um documento orientado para que os professores e as escolhas atinjam os propósitos do ministério face as unidades temáticas dos livros didáctico de cada classe e do currículo em vigor.
Nesta senda de percepção, ficou claro que um projecto parte pela percepçao de um problema, das dos objectivos, das hipóteses e entre vários elementos que sequenciam e tornam a pesquisa algo concreto saindo do ideal para a realidade, com um espaço geográfico delimitado e sobre um aspecto especifico.


Bibliografia

ACKOFF, Russel L. Planejamento de pesquisa social. São Paulo: 1967.
ANDER-EGG, Ezequiel. Introducci6n a las técnicas de investigaci6n social: para trabalhadores sociales. 7. ed. Buenos Aires: 1978.
ARAUJO, Joao Baptista et al; Curriculo: Sem ele a Educaçao nao Avança. Sao Paulo. 2014
ASTI VERA, Armando. Metodologia da pesquisa cientlfica. 5. ed. Porto Alegre: 1979.
BARROS, Aidil Jesus Paes de; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de metodologia: um guia para a iniciação científica. São Paulo: 1986.
BEST. J. W. Como investigar en educaci6n. 2. ed. Madrid: Morata, 1972. Capítulos 1 e 2.
CASTRO, Cláudio de Moura. A prática da pesquisa. São Paulo:, 1978.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica: para uso dos estudantes universitários. 2. ed. São Paulo: 1978.
GOODE, William J., HATT, Paul K. Métodos em pesquisa social. 3. ed. São Paulo: 1969.
INDE, Programa do Ensino Primario. Maputo, 2015
LAKATOS, Eva Maria, et al. Fundamentos de Metodologia Cientifica. 5ª ediçao. Atlas Editora. Sao Paulo. 2003
LIBÂNEO, José Carlos. Didáctica. Cortez, 1994.
NIVAGARA, Daniel. Didáctica Geral Aprender a Ensinar.
PILETTI, Claudino. Didáctica Geral. São Paulo,2007.
SELLTIZ, C. et aI. Métodos de pesquisa nas relações sociais. São Paulo: 1965.
TAVARES, Rosilene Horta. Didactica Geral. São Paulo. 2011
XAVIER, Antonio Carlos. Como fazer e apresentar trabalhos científicos em eventos acadêmicos. Recife: Respel, 2010.
internet: www.Slideshare.net/móbile        

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