sábado, 14 de junho de 2014

Agricultura Tradicional



Introdução

O presente trabalho com tema a agricultura tradicional, é apontado como resultado dos conhecimentos obtidos ao longo do percurso estudantil através das cadeiras tidas como é o caso da Geografia Agrária que facilitou a concretização do mesmo. Percebendo-se que a agricultura é uma actividade humana sujeito a vários factores como é o caso dos físico geográficos e humanos, a agricultura tradicional como parte do sistema agrário, também não foge da regra, até que se pode admitir que é a mais sujeita, no que se refere aos factores para o seu desenvolvimento.
Dentro do sistema agrário tradicional, ela subdivide-se em: agricultura itinerante, sedentário de sequeiro, do oásis, da Ásia das monções e da tradicional da Europa.
Palavras-chave: agricultura tradicional, itinerante, sedentário.

Objectivos:

Geral:
Ø  Descrever a agricultura tradicional
Específicos:
Ø  Conhecer os subsistemas do sistema agrário tradicional
Ø  Apontar as características desses subsistemas

Metodologia do trabalho

Para a efectivação do trabalho, usou-se o método de consulta bibliográfico que consistiu na leitura de obras que versam sobre o tema em estudo na qual vêm destacadas na bibliografia final.

Capitulo I

1.      Quadro conceptual

Agriculturaé uma actividade económica complexa, orientada no sentido da produção de bens primários destinados a alimentação e as industrias, obtidos a partir de plantas e de animais por intermédio de transformação e tecnológicas”, (MATOS et all, 1990:78).
É a ciência, a arte e a industria de controlar o crescimento das plantas e dos animais ao ser utilizado por seres humanos, ou seja, conjunto de processos através dos quais o homem consegue obter da terra, pelo plantio de certos determinados produtos vegetais, que interessam particularmente a sua vida, (BUDULA, 2001:1).   
Segundo RAIMUNDO (2000:102), “é um conjunto de técnicas utilizadas para cultivar plantas com o objectivo de obter alimentos, fibras, energia, matéria-prima para roupas, construções, medicamentos, ferramentas, ou apenas para contemplação estética”.
Para JOSUÉ De CASTRO citado por NANJOLO (2001:32), “agricultura é um conjunto de processos através dos quais o homem conseguiu obter da terra, pelo plantio, certos e determinados produtos vegetais que interessam particularmente a sua vida”.

Agricultura tradicional
BUDALA (2001:4), prescreve como sendo “aquela que se desenvolve nos países dos chamados terceiro mundo na qual consiste no uso de instrumentos rudimentares”.

Na óptica do autor, a agricultura tradicional é “aquela que envolve mão-de-obra familiar, na qual os produtos agrícolas não se destinam ao comércio e que usam instrumentos arcaicos e ainda, aquela sujeita a factores físico naturais e humanos”.


Capitulo II

2.      Estudo sobre a agricultura tradicional

A prática de agricultura criou espaços muito diversos, consoante os factores naturais e humanos presentes nas diferentes áreas do globo. Mais do que isso, coexistem em plenos finais do século XX formas de agricultura muito diferentes: a agricultura tradicional e a agricultura que é a agricultura tradicional.
O sistema agrário tradicional subdivide-se em:
Ø  Agricultura Itinerante;
Ø  Agricultura sedentária de sequeiro
Ø  Agricultura do oásis
Ø  Agricultura tradicional da Europa.

2.1 Agricultura itinerante

Como o sentido da palavra diz, itinerário significando o percurso que cada indivíduo faz, por exemplo casa-serviço, escola-casa, mais nem sempre todos voltam ao local de origem.
Este tipo de agricultura é um sistema de cultivo mais primitivo característico dos agricultores do Neoliticos, pois o homem e as suas culturas mudam constantemente a procura de novas terras. Esta agricultura é pratica em pequenos grupos nómadas na floresta equatorial e savanas húmidas da África Central, América do Sul, nas montanhas do Sudoeste Asiático, sendo que, não há preocupação de criar excedentes vendáveis.

2.1.1 Características

Este tipo de agricultura tem como característica a destacar:
Ø  Uso de técnicas e instrumentos rudimentares (enxada, traçao animal, diques, charua), sendo visível neste caso o não uso de adubos, fertilizantes e emprego de mão-de-obra familiar.
Ø  Destaca-se também neste tipo de agricultura o uso de queimadas, de pequenas áreas de cultivos, produção destinada essencialmente ao consumo família sendo no entanto uma agricultura de subsistência e contribui para o rápido esgotamento dos solos.

2.1.1 Consequências

A prática desta agricultura tem como consequências o rápido esgotamento precoce dos solos, erosão dos solos devido a abate das árvores, destruição dos organismos vivos existente no solo devido a acção das queimadas e a degradação do meio ambiente com o aumento da população.

2.2 Agricultura Sedentário de Sequeiro

Sendo um tipo de agricultura na qual o desenvolvimento das plantas depende das precipitações atmosférica, esta forma de agricultura surgiu com a existência de uma pressão demográfica grande e encontra-se em sociedades mais evoluídas em relação a itinerante. Duma forma genérica, esta aparece nas montanhas, onde as chuvas são mais abundantes e onde os solos são mais férteis, como é o caso dos montes Camarões na África Ocidental.

2.2.1 Características

No que se refere as características deste tipo de agricultura, nota-se que ela está ligada a forte pressão demográfica, deste modo, o povoamento é disperso na qual se usa as técnicas mais avançadas como é o caso de afolhamento, sistema de pousio, rotação de culturas, criação de gados e intensivo com a estruturação dos campos.

2.3 Agricultura irrigada (Oasis)

Considerando oásis como zonas verdejantes que resultam de afloramento de cursos de águas de onde é possível a pratica de agricultura intensiva com recurso a irrigação, nos desertos quentes torna-se uma condição indispensável na qual a água é obtida de varais formas.

2.3.1 Características

Destaca-se como características deste tipo de agricultura, como sendo aquela cujos seus produtos são destinados ao consumo familiar, sendo que a preocupação é de produzir o necessário para alimentar uma população numerosa;
Ø  É uma agricultura intensiva, contudo, a produção não consegue satisfazer as necessidades alimentares, tanto em qualidades como em quantidades.
Ø  É um tipo de agricultura que procura aproveitar o máximo possível, todo o espaço disponível e que a ocorrência do clima tropical qunte-chuvoso (monçónico), condiciona chuvas abundantes para o cultivo por exemplo da cultura de arroz.
    2.4 Agricultura de plantação
A agricultura de plantação, é um tipo de agricultura que consiste na exploração de vastas áreas, para o cultivo de uma determinada cultura. Este tipo de prática é típico das épocas de colonização e ao passar vai sofrendo alterações que lhe permitiram corresponder aos consumos da indústria moderna.
Desta forma, a plantação é típico de agricultura especulativa, desenvolvida por grupos económicos da Europa e América do Norte. Em que consiste no aproveitamento das capacidades específicas de alguns climas e solos tropicais, para produzir em largas escalas um produto alimentar ou uma matéria-prima destinado ao consumo nas regiões do mundo fortemente industrializado.     

2.4.1 Características

Ø  Tem-se como características a utilização de mão-de-obra local e barata, ocupando, geralmente, pontos de fácil acesso;
Ø  Uso de técnicas avançadas estando sujeita a grandes grupos financeiros como por exemplo a da América do Norte e da Europa;
Ø  Especialização na obtenção de produtos alimentares e industriais de grande procura internacional como é o caso do açúcar, café, cacau, borracha, oleaginosas, etc.    

Bibliografia

BUDULA, Hilário A. Agricultura, A Base do Nosso Desenvolvimento. Maputo 2001
MATOS, Maria Lúcia Santos et all. Contrastes Geográficos. Edições ASA. Portugal 1990  
NANJOLO, Luís A. Geografia, 9ª classe. Edição Diname. Maputo, 2001 
RAIMUNDO, E. Geografia, 11ª e 12ª classe. Maputo 2000

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