sábado, 14 de junho de 2014

Etnia Chuabo-Zambezia


Historia Chuabo
O nome Chuabo é de origem Loló e designa o povo do litoral zambeziano entre Pebane e a foz do grande rio. O fundo populacional da região é de estrato lomwé e a mitologia local considera os Chuabos oriundo do monte limeme em Tacuane, (Keesing, 1972).
A maioria dos autores que escreveram sobre este povo, dizem nos originários dos Maráveis, por conseguintes aos Nyanjas e aos Chewas de Tete e de Niassa. Mas, mais correcta parece ser a tese que considera os Chuabos uma etnia mais recente resultante da miscigenação dos povos que percorreram o vale de Zambeze devido as guerras e ao comércio.
Se entendermos os restantes da população da Província da Zambézia, o fundo populacional conhecia uma filiação matrilinear. É através do estudo da economia política do país. Chuabo que das terras compreenderemos as transformações actual do sistema patrilinear.
Todo chuabo se considera descendente de um antepassado remoto, todos indivíduos com este antepassado formavam antigamente um clã e consideravam parentes. Segundo a velha tradição lomwe, o clã tinha por formadura uma matriarca: a descendência fazia-se por uma via uterinal, por isso o clã era matrilinear, os membros do mesmo clã não podia casas entre si.
Modernamente os clãs deixaram de ter a sua importância de outrora e regista-se uma forte tendência paternal com a constituição das matrilinear “anamudhi”.
A pessoa mais importante da antiga família matrilinear eram irmão mais velho da mãe, mas hoje é o tube ou seja, o avo paterno chefe da mudila (famílias alargadas patrilineares)
No passado os jovens tinham grande respeito pelo tio, o procuravam mais vezes a sua casa do que a casa da mãe. Era o tio paterno que detinha nas suas mãos, as rédeas do governo e quem resolvia todas as questões familiares. As relações de parentesco entre o tio e sobrinho e reciprocamente atentam hoje antiga instituição do avunalato, apesar da patrilinearidade se instituir cada vez mais, obrigando-o a largar consultas das contra partes na busca de solução para os litígios que envolvem os sobrinhos e outros parentes.
Antigamente não existia propriamente uma compensação matrimoniar mais só oferendas feitas pelo noivo à família da noiva. Mais pouco a pouco com a restruturação da família alargada chuabo, em situação colonial, a própria virgindade da rapariga passou a ser apreciada. Por causa da compensação matrilinear, chamada péthe (lobolo), a viúva devia casar prioritariamente com um varão da família uterinal do marido. Em causa de recusa tinha que devolver o péthe. E quando uma mulher se divorciava, deixava com o ex-marido os filhos mais velhos.

Segundo Valente de Matos, “cerimónia decorre da seguinte maneira: os iniciandos acompanhados dos padrinhos vão sentar-se em linha próximo da barraca do circuncidador, todos voltados para a mesma banda. Ensinar de respeito para com o mestre operador, mantem se de cabeça baixa. (…) Logo que os rapazes se sentaram no chão na ordem prevista o circuncidador surge a porta da sua palhota empunhando o rabo dos medicamentos Mila, e avança em direcção aos rapazes pondo o rabo estendido sobre cada uma das cabeças. É no momento quando o mestre da circuncisão coloca o rabo do boi-cavalo na Cabeça de cada iniciandos e a deixa ficar em equilíbrio, que cada uma faz entrega duma moeda em valor consoante a idade de rapaz. Em tempos mais remotos pagavam-se com galinha, enxadas, cordoes de missanga e muito mais.
A imposição de rabo anda ligada a crença de que se mantiver em equilíbrio o rapaz há-de ter filhos, se ao contrário o rabo cair ao chão é o indício de que o circuncindado não terá filhos, por simples esterilidade ou fítico.
Terminada esta cerimónia, o velho circuncidador retira-se e, depois de se munir de todos os apetrechos necessário a operação da circuncisão:
ü  Um cesto (mavuku) com varias facas (myàlo) e um corno de antílope cheio de medicamentos em pó (estutha) para provocar a fecundidade, vai se instalar no local de circuncisão.
ü  Os adultos dizem aos rapazes que vão encontrar nesse local uma grande colmeia, mas que não deverão ter medo pois isso significara uma grande falta de coragem.
ü  Todavia os jovens vivem em momentos de trágica ansiedade, por quanto ignoram tudo quanto esta para lhes acontecer.
Os iniciandos dispõem-se em fila, ficando a frente os filhos dos escravos, se os houver e, depois os filhos dos homens livres, noutros lados e em épocas mas recentes, o primeiro da fileira era um filho de chefe ou pessoa importante, e essa posição era considerada um privilégio.
Os padrinhos tapam-lhes os olhos e, quando chegam próximo do circuncidador, os ajudantes arrancam-lhes violentamente as trangas (ikara) e arruam-nas para o lado ao mesmo tempo que, agarrando os jovens pelas pernas os deitam de costas, muito justamente os ajudantes são chamados os milhafres (ashaka) num epiceno velho circuncidador toma o pénis do moco distende-lhe o prepúcio (ntusu) e corta-o de um só golpe. O rapaz só tem tempo de lançar um grande grito de dor, pois que e retirando imediatamente pelo padrinho e levando para um lugar, não muito distante, onde todos vão se ajudar.
Mas para nascente, em Ribaué por volta dos anos 50 o circuncidador procedia ao corte com um objecto de ferro, afiando numa das extremidades chamado nejembo.puxava a pele que cobria a grande e extraia dela um anel da extremidade. O mestre da circuncisão estava mascarado para não ser reconhecido pelos rapazes, essa mascara que usava chama-se otambo apos cada corte, o circuncidador aplicava na ferida um remedio chamado mutupulo obtido da casca de árvore Manágua, um outro, designado pelo termo wachila-wacueque, o significado e wachila (moer) designa a operação feita pelas mulheres quando estão a moer a mapira nas pedras que usavam para o efeito.
As mulheres executavam esse trabalho de joelho no chao,fazendo movimento de trás para diante com as ancas pelo que provocam nos homens que as observavam desejos sexuais, o termo “wacuveque’ quer dizer: depressa rapidamente. Deste modo, havia a crença que o referendo remedio aplicado no pénis apos o corte do prepúcio daria ao rapaz grande desejo pelas mulheres.
Nas regiões orientais, mais próxima da orais o tambor (ekalawe) obedecido as instruções do operador, retena a acção dos ajudantes e do padrinho do iniciando, há sons para que a fila se desloque lentamente, sons para marcha, sons para correr, para tomar a casa, para lamber o mel, finslmente para o corte de prepúcio.
Para evitar que os outros rapazes dançam os gritos, os tambores soam internamente, e, por cima das árvores estão empoleirados alguns homens que imitam os zumbidos das abelhas.
Se durante a operação e circuncidando urinava ou defecava de dor ou de medo era obrigado a conspurcar-se para mas tarde, relações normais com a esposa.
A partir corte do prepúcio os rapazes circuncidados recebem o nome de alukhu, termo particularmente honroso e dignificante, usado na vida social como afirmação de palavra da honra. Durante a caminhada os jovens vão cantando o refrão ou repetem asa canções entoadas pelos adultos.
     Vimos já que algumas a partida para o mato se faz ante s da dança da “mwanamá” a que estes se executam durante a noite nas proximidades do recinto da iniciação. Quando assim é os presentes que foram participar nela retiram para as aldeias, as mulheres principalmente não mais poderão voltar aquele local antes de terminadas de as cerimónias. Esta dispersão faz-se de um modo violente e deixam de tocar. Então os dançarinos desfazem a roda, rompem e desenfreada algazarra, correm por entre os bambus e vergastadas, e avançam um contra os outros acostando-se mutuamente e clamando oravo!... oravo!... (isto é abelhas!.. Abelhas!). Aturdidas por aquela guerra feroz, as mulheres presente debandam em fuga desordenada para suas casas pois que de contrário seriam perseguidas pelos homens. É de realçar que os iniciandos não participam na dança e que se mantem silenciosos no outro barracão
Keesing, Felix (1972). Antropologia Cultura. Vol. 1.
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http://1verse.com/project/nyungwe-nt The Nyungwe New Testament

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