sábado, 14 de junho de 2014

teoria de opressao de genero


Introdução

O presente trabalho, visa abordar sobre as teorias de opressão de género na qual foram destacadas a psicanalítica, feminista radical, socialista, cultural, gay e lésbica. Neste caso, o feminismo radical por exemplo, é uma análise materialista que argumenta que o género não é produzido meramente através de discurso e performance, mais sim, um sistema do qual um género masculino tem poder económico e politico e que o outro (feminino), não tem.

A concretização do trabalho só foi possível através das fontes que versam sobre o tema em estudo, na qual vêm referenciados na bibliografia final.

Objectivos

Geral:

Ø  Conhecer as teorias de opressão de género

Específicos:

Ø  Descrever a teoria psicanalítica

Ø  Cultural

Ø  Socialista

Ø  Feminista radical

Ø  Gay e,

Ø  Lésbica

 

  

 

Capitulo I

1.      Conceitualização:

Opressão

A opressão, realidade histórica concreta da qual parte da humanidade é vítima, é a negação da vocação do homem de "ser mais", é a negação da liberdade, negação do homem como "ser para si" ), portanto, a condição de opressão é uma condição de heteronomia”. (FREIRE, 1983, p.35).

É o efeito negativo experimentado por pessoas que são alvo do exercício cruel do poder numa sociedade ou grupo social. Está particularmente associado ao nacionalismo e sistemas sociais derivados, onde a identidade é construída por antagonismo aos outros. O termo deriva da ideia de ser "esmagado".

Género

Segundo a Enciclopédia livre é um termo para várias referências e que pode significar principalmente a diferença entre os homens e as mulheres. Pode ser usado como sinónimo de sexo e também na referência as diferenças sociais. (internet:2013).

Em biologia

O termo utilizado na classificação científica e agrupamento de organismos vivos formando um conjunto de espécies
com características morfológicas e funcionais
reflectindo a existência de ancestrais comuns e próximos.

Em matemática

Se refere à topologia, isto é, dada uma superfície consideramos o género, o número de buracos que a mesma contem.

Na gramática

Se refere aos substantivos que são masculinos e femininos e podem ser biformes e os heterónimos que apresentam duas formas, uma para o masculino e outra para o feminino como, por exemplo, o homem a mulher, os substantivos uniformes que podem ser comum de dois géneros e sobre comum e ainda os substantivos epicenos que se refere somente aos géneros de certos animais.

Gay 

Do latim tardio (gaiu, pelo francês gui e pelo inglês gay  "alegre, jovial"), ou, mais raramente, guei, é um termo de origem recente inglesa que é utilizado normalmente para se designar o indivíduo, (homem ou mulher), homossexual. (internet).

Feminismo

Pode-se definir simplesmente como reconhecimento de que mulheres são oprimidas e um prometimento em mudar isso.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Capitulo II

2. Teorias de opressão de género (psicanalítica, socialista, femininista radica, cultural, gay e lésbica).

2.1 Teoria psicanalítica 

Foi desenvolvida pelo psiquiatra austríaco Sigmund Freud no fim do século XIX e no início do século XX e está intimamente relacionada a sua prática psicoterapêutica. É uma teoria que procura descrever a etiologia dos transtornos mentais, o desenvolvimento do homem e de sua personalidade, além de explicar a motivação humana. Com base nesse corpo teórico Freud desenvolveu um tipo de psicoterapia. Ao conjunto formado pela teoria, a prática psicoterapêutica nela baseada e os métodos utilizados dá-se o nome de psicanálise.

2.2 Estrutura e dinâmica da personalidade

Freud imaginava a psique (ou aparelho psíquico) do ser humano como um sistema de energia: Cada pessoa é movida, segundo ele, por uma quantidade limitada de energia psíquica. Isso significa, por um lado, que se grande parte da energia for necessária para a realização de determinado objectivo (ex. expressão artística) ela não estará disponível para outros objectivos (ex. sexualidade); por outro lado, se a pessoa não puder dar vazão à sua energia por um canal (ex. sexualidade), terá de fazê-lo por outro (ex. expressão artística). Essa energia provém das pulsões (às vezes chamadas incorrectamente de instintos).

Segundo o autor, o ser humano possui duas pulsões inatas, a sexual e a de morte. Essas duas pulsões opõem-se ao ideal da sociedade e, por isso, precisam ser controladas através da educação, de forma que a energia gerada pelas pulsões não podem ser liberadas de maneira directa. O ser humano é, assim, sexual e agressivo por natureza e a função da sociedade é amansar essas tendências naturais do homem. A situação de não poder dar vazão a essa energia gera no indivíduo um estado de tensão interna que necessita ser resolvido. Toda acção do homem é motivada, assim, pela busca hedonista de dar vazão à energia psíquica acumulada.

3. Teoria Feminismo Radical 

É uma corrente ideológica dentro do feminismo que afirma ser o sexismo a origem de toda opressão. O feminismo e considerado radical porque questiona todas as relações de poder, incluindo formas extremas com violência masculina e a indústria do sexo (algo que sempre tem sido extremamente controverso no interior das mulheres e uma questão extremamente impopular de se fazer campanha contra), ao invés de mexer nas bordas do género, o feminismo radical consigna o problema estrutural que subjaz a ele.  

O feminismo radical se desenvolveu durante a segunda onda feminista, no final dos anos 60 e começo dos anos 70, na qual se foca na teoria do patriarcado como um sistema de poder que organiza a sociedade em um complexo de relacionamentos baseados na suposição da "inferioridade feminina" e "superioridade masculina" como base para "supremacia masculina", usada para oprimir as mulheres e garantir a dominância dos homens.

As feministas radicais propõem-se a desafiar e derrubar o patriarcado por meio de sua oposição aos papéis de género e à opressão masculina das mulheres, e clamam por uma reorganização radical da sociedade.

As primeiras feministas radicais, provenientes da segunda onda do feminismo nos anos 60, viram tipicamente o patriarcado como um "fenómeno transitórios", anterior ou mais profundo que outras formas de opressão, "não somente a mais antiga e mais universal forma de dominação, mas a forma primária" e o modelo para todas as outras.

Feministas radicais localizam a causa raiz da opressão das mulheres nas relações patriarcais de género, em oposição aos sistemas legais  (como no feminismo liberal) ou conflito de classes  (como no feminismo socialista e feminismo marxista).

Feministas radicais procuram abolir o patriarcado, sendo que elas acreditam que a maneira de lidar com o patriarcado e todos os tipos de opressão consiste em eliminar as causas subjacentes a esses problemas por meio de uma completa revolução. O problema é que a teoria feminista, pelo menos em sua vertente mais radical, tem uma visão maniqueísta que impede qualquer diálogo cordial, como se tudo fosse uma grande conspiração masculina contra as mulheres. As feministas partem sempre do mesmo pressuposto: a imagem do homem. O discurso feminista pode ser resumido na seguinte frase: “queremos igualdade. Queremos os mesmos direitos e prerrogativas que competem ao homem”. Então o paradigma feminista não é a mulher, é o homem. Não há de se falar em questão feminina porque o feminismo não busca enaltecer a mulher, mas sim transfigurar as prerrogativas masculinas em um ser cuja identidade de género não é definida em função de sua abstratividade.

Género, como feministas radicais sempre compreenderam que é um termo que descreve a opressão sistemática de mulheres, como um grupo subordinado, pelo benefício do grupo dominante, os homens. Este não ‘e conceito abstracto, ele descreve as circunstâncias materiais da opressão incluindo o poder masculino institucionalizado e o poder no interior das relações pessoas. Por exemplo: a divisão desigual do trabalho, o sistema de justiça criminal, a maternidade, a família e a violência sexual.

3. A política sexual do socialismo

As primeiras correntes do pensamento socialista moderno são hoje descritas como socialismo utópico.

Género e sexualidade eram questões importantes para muitos desses pensadores pioneiros, como Charles Fourier e Henri de Saint-Simon, em França, e Robert Owen na Grã-Bretanha, bem como para os seus seguidores entre os quais se incluiam muitas mulheres.

Para Fourier, a verdadeira liberdade poderia apenas ocorrer sem patrões dominadores, sem o ethos do trabalho e sem supressão de paixões; a supressão de paixões era vista como destrutiva não apenas para o indivíduo mas para a sociedade como um todo.

Escrevendo antes da criação do termo “homossexualidade”, Fourier reconhecia que tanto o homem quanto a mulher possuía uma ampla gama de necessidades e preferências sexuais, que poderiam variar ao longo das suas vidas, incluindo a sexualidade direccionada para o mesmo sexo e a androginia.

Defendia que todos os tipos de expressão sexual deveriam ser permitidos, desde que livres de coacção individual, e mantinha que a “afirmação das diferenças individuais” poderia mesmo melhorar a integração social. Estas ideias foram abandonadas pelos influentes pensadores socialistas Karl Marx e Friedrich Engels que desacreditaram os socialistas utópicos, acusando-os de não compreenderem adequadamente a sociedade. Marx e Engels argumentaram que seria impossível agradar a todos e operar uma transformação radical da sociedade por meios pacíficos; consideraram que as ideias dos socialistas utópicos eram “fantasias que hoje apenas nos fazem rir”.

Marx condenou a liberdade sexual defendida por Fourier e por Saint-Simon como um retrocesso para um estado "animalesco" de "prostituição universal". O historiador Saskia Poldevaart (1995) afirma que: a sexualidade e a problemática do masculino/feminino foram rejeitadas como questões legitimas à medida que o marxismo se foi tornando dominante. Os métodos do socialismo utópico- alteração das relações de produção, bem como das relações entre os sexos, pela discussão da sexualidade, da família e da distinção entre o publico e o privado foi limitado pelo marxismo. Apenas à luta de classes; o grande objetivo do socialismo utópico - revolucionar as relações sociais na qual se reduziu os marxistas, a revolucionar as relações econômicas e a forma de redistribuição dos bens materiais.

4. Gay

Os grupos socialistas do mundo anglo-saxão responderam à Libertação Gay de duas formas: alguns, especialmente aqueles ligados à União Soviética e China, continuaram a opor-se aos direitos gays e a expulsar os seus membros homossexuais; outros socialistas lamentaram o declínio da esquerda tradicional e mudaram o foco da luta do movimento operário para as “questões de classe média", diluindo a problemática da luta de classes.

Diversas organizações socialistas começaram a reconhecer a “opressão gay e lésbica”, mas não se mostraram favoráveis à criação de organizações específicas para lidar com esse problema.

Em 1977, um grupo de críticos de cinema socialistas observou que “a esquerda, de um modo geral, foi relutante em apoiar a libertação gay, sendo que grande parte dela se opôs ativamente a essa libertação, reproduzindo as mesmas atitudes anti-gay da sociedade heterossexual”. Enquanto isso, no mundo ocidental, desde a década de 1960, os direitos civis para as minorias foram sendo expandidos. Diversos países e regiões administrativas, liderados por governos socialistas ou trabalhistas, começaram por suprimir as leis relacionadas com a sodomia.53 Mas também os governos liberais, democratas-cristão e mesmo conservadores acabariam por os seguir.

O termo inglês foi incorporado em outras línguas, sendo usada com muita frequência no Brasil e em Portugal. Embora, algumas vezes, gay seja usado como denominador comum entre homens e mulheres homossexuais e bissexuais, tal uso tem sido constantemente rejeitado por implicar na invisibilidade ante a lesbianidade e a bissexualidade. Da mesma forma, o senso comum algumas vezes atribui a palavra a pessoas travestis ou transexuais, atribuição está resultante do desconhecimento da distinção entresexualidade e gênero.

 

4.1 Origem do termo gay

Conquanto a ultra contemporânea em geral tenha herdado o termo diretamente do inglês (gay = "alegre, jovial"), o vernáculo inglês colheu-o do francês arcaico (gui, com o mesmo significado) e este, por seu turno, obteve-o do latim tardio (gaiu, com semelhante significado).Assim, , a etimologia remonta o termo actual a três transições cultural-linguísticas: do latim tardio ao francês; do francês (arcaico) ao inglês; do inglês às demais culturas actuais.

A palavra originariamente não tinha conotação sexual necessária. Era usada para designar uma pessoa espontânea, alegre, entusiástica, feliz, e, nesse sentido, pode ser encontrada em diversas literaturas americanas, sobretudo as anteriores à década de 1920. No entanto, o significado preliminar da palavra gay mudou drasticamente nos Estados Unidos, vindo a assumir o significado primordial actual, que, com a difusão da cultura estadunidense, tem sido amplamente utilizado.

O termo gay, já marcado pela conotação sexual, ao ser difundido pelos países lusófonos, era utilizado principalmente de forma pejorativa contra homens gays. Contudo, a utilização da palavra pelos próprios homossexuais, a se referirem a si mesmos, fez com que a conotação negativa fosse amenizada. Em outras palavras, os homossexuais apropriaram-se da palavra, na busca de retirar-lhe, assim, a carga insultuosa. Existem muitos sinónimos desta palavra no idioma português. No entanto, o uso dessas palavras é desaconselhado por serem consideradas de uso chulo e/ou de fundo preconceituoso. Desde os anos 1970, os homossexuais começaram nos Estados Unidos uma intensa actividade cultural em torno dessa orientação sexual.

São Francisco é considerada a "capital gay", e é de lá que provêm as maiores manifestações culturais desse público. É ainda em São Francisco que começam a aparecer as primeiras minorias que começaram a se afastar do que alguns consideravam o "estilo de vida gay". Existem diversas "sub-comunidades" identificáveis — a comunidade ursina, a comunidade lésbica, a comunidade das drags, entre outras. Esta divisão em "sub-comunidades", contudo, pode fazer esquecer que a diversidade das pessoas é independente da orientação sexual e há muitos homossexuais que não se identificam com estas "sub-comunidades" supostamente gays.

5. A teoria da cultura 

É um ramo da antropologia e de outras ciências sociais relacionadas que busca definir uma concepção heurística da cultura tanto em termos operacionais quanto científicos.

No século XIX cultura era definida como uma gama de actividades humanas. Para outros era um sinónimo de civilização. Já no século XX antropólogos começaram a teorizar sobre a cultura como sendo um objecto de análise científica.

Alguns estudiosos distinguiam estratégias adaptativas humanas das estratégias altamente instintivas dos animais como também dos primatas e de outras espécies não humanas de hominídeos.

6. Teoria de lésbica

Uma lésbica é uma mulher homossexual, uma mulher que tem alteração sexual, física e afectiva por outra mulher.

As lésbicas sente desejos sexuais por outras mulheres, tem romances e relações sexuais com outras mulheres, sendo assim, não existe uma causa definida por lesbianismo, assim, como não se tem uma causa definida para qualquer tipo de orientação sexual. A palavra lésbica prove do Latim (lesbius) e originalmente referia-se somente aos habitantes da Ilha do Lesbos, na Grécia. Até ao século XIX, a palavra lésbica não tinha o significado que hoje lhe é dado, o termo mais utilizado até então era tribade. Muitos termos foram usados para descrever o amor entre mulheres nos últimos séculos, entre os quais lésbicus, urningismo, safismo, tribadismo e outros.

 

 

 

 

Bibliografia

ALDO, Pereira.  Vida Intima - Enciclopédia do amor e do sexo, Abril Cultural, 1981,

Endereço electrónico google.com

FOURIER, Charles. Le Nouveau Monde Amoureux. Paris 1967:

Friedrich, Engels,  et all. Socialism: Utopian and Scientific 1882

MARX, Karl. Economic and philosophic manuscripts of 1844. ed. Poldervaart, Saskia. 1995. ‘’Theories About Sex and Sexuality in Utopian Socialism’’. In 'Journal of  Homosexuality'. New York: 1995. vol. 29.

Weeks, Jeffrey, Sexual Politics, In ‘New Internationalist Magazine’, nº 201, Nov. 1989. disponível online

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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