sábado, 14 de junho de 2014

TRABALHO FINAL DA CADEIRA DE PEDOGEOGRAFIA-2012 SOBRE SOLOS DE MOCAMBIQUE



Rajabo Caetano Bernardo Malua










                                                     Cadeira: Pedogeografia
Tema: Solos De Moçambique
Licenciatura em Geografia com Habilitação em História  












Universidade Pedagógica de Moçambique
Beira
2012
 


Rajabo Caetano Bernardo Malua











                                                     Cadeira: Pedogeografia
Tema: Solos De Moçambique
Licenciatura em Geografia com Habilitação em História  





Docente: Msc. Uacane






Universidade Pedagógica de Moçambique
Beira
2012

 
 



















METODOLÓGIA
Para a realização deste trabalho só foi possivel atráves dos metódos abaixo mencionados. 
Metódo Hipotético Dedutivo
Foi atráves dos temas  abordados na sala de aula e nas leituras feitas que tornaram possível a sua compreênção na execusão deste trabalho.
Metódo de Observação Indirecta
Baseou-se na consulta das cartas topográficas, na qual  permitiram análisar os tipos de solos predominante no nosso país e sua distribuição espacial.
Metódo de Pesquisa Bibliográfica
É óbvio a realização de um trabalho científico sem o uso do metódo bibliograficos. É apartir deste que tornou possível a realizaçõa deste trabalho, na qual baseou-se na consulta de obras relacionados com o tema em estudo, cujo obras vem mencionados na referência bibliografica deste trabalho.

INTRODUÇÃO
O presente trabalho ira abordar sobre os solos de Moçambique, suas características e distribuição espacial, sua importância, solos urbanos de uma dada urbe e das zonas agro-climaticas.
Há que frisar que a constituição do solo de Moçambique é variável, na qual encontramos na parte meridional solos arenosos, avermelhado ou branco, com excepção nos vales dos rios, onde se encontram terras de aluvião.
Na zona central com terras escuras e argilosas, por vezes pantanosa. A região de Tete, interior e bastante quente, tem bom solo e é também rica sob o ponto de vista mineral, já que nela se encontram minas de carvão. Na região mais a Norte e até à fronteira da Tanzânia, aparecem de novo as areias coradas de vermelho pelo óxido de ferro que contém.Moçambique apresenta uma grande variedade de solos, sob influência marcada das condições geológicas e do tipo de climas característicos do país. Na região Norte, caracterizada por rochas do Precâmbrico e altas precipitações, os solos predominantes são argilosos, variando entre franco argiloso-avermelhados que ocupam a maior parte e os argilosos vermelho acastanhados profundos com boa permeabilidade e drenagem. Os solos francos argilosos são bastante vulneráveis à erosão enquanto os argilosos e os castanhos são menos susceptíveis.
No litoral da zona norte, por exemplo, a presença de rochas do Fanerozóico provoca uma alteração dos solos. Aqui predominam os arenosos de dunas costeiras e fluviais, mas existem extensões de solos franco argilosos, arenosos acastanhados ao sul de Tete, prolongando-se ao longo da bacia do Zambeze. No curso médio inferior deste rio os solos fluviais com elevada fertilidade tomam lugar, misturando-se primeiro com os anteriores e tornando-se mais dominantes na costa.
No sul predominam solos arenosos de baixa fertilidade e baixo poder de retenção de água sendo interrompidos de quando em vez por solos arenosos brancos fluviais e marinhos. Ao longo dos vales dos rios encontram-se solos fluviais de alta fertilidade. Ao longo da fronteira sul e associando-se à cadeia dos Libombos existem solos delgados e pouco profundos, pouco aptos para agricultura.

MOÇAMBIQUE SITUAÇÃO GEOGRÁFICA E LIMITE
Para começar o estudo de qualquer país ou região é preciso tomar em conta a sua situação no mundo e no continente a que pertence e os países ou localidades com os quais faz fronteira. A República de Moçambique faz parte das nações do continente africano, situando-se na sua costa oriental, na qual estende-se desde a foz do rio Rovuma até ao rio Maputo, com uma superfície cerca de 801 590 km2, ela localiza-se: Norte: Tanzânia, da qual esta separada pelo rio Rovuma, Oeste: Malawi, Zâmbia, África de Sul e Suazilândia. Sul: A República de África do Sul, através do rio Maputo. Este: Oceano Indico.

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  1. SOLOS DE MOÇAMBIQUE
A constituição do solo de Moçambique é variável o que faz com que os solos não sejam homogéneo. De acordo com a sua localização geográfica e astronómica, Moçambique possui uma grande variedade de solos típicos das regiões tropicais e subtropicais. De uma maneira geral na composição mineralógica dos solos Moçambicanos predominam materiais ferruginosos e aluminosos, sendo por isso, considerados pedalfericos ou feraliticos. Estas abundâncias de materiais ferruginosos e aluminusos, é fruto da resistência destes elementos aos processos de desagregação das rochas-mãe em condições climáticas de regime tropical. (Muchangos, 1999:70).

1.1 TIPOS DE SOS DE MOÇAMBIQUE
As várias classificações tomam em conta a composição mineralógica dos solos; a cor, a origem, a idade e os processos morfológicos e biológicos recentes.
Na composição mineralógica dos solos moçambicanos predominam matéria ferruginosa e aluminosos, sendo por isso considerados pedalféricos ou ferraliticos. Estas abundâncias de materiais ferruginosos e aluminusos, é fruto da resistência destes elementos aos processos de desagregação das rochas-mãe em condições climáticas de regime tropical. Sendo também designados latosolos pela frequência da sua ocorrência sob a forma de endurecido conhecido por laterite.
Quanto ao critério a cor, os solos mais abundantes são cinzentos pardos-pardos e pardos-avermelhados, mais também ocorrem com frequência solos cinzentos e amarelados.
Quanto ao critério textura do substrato da rocha-mãe condiciona as diferenciações entre solos residuais pedregosos, solos litolicos, arenosos, argilosos e luminosos. Os solos residuais são os que se desenvolvem a partir do cristalino granítico gnéissicoe de formação de solos que de onde em onde, o interrompem. Trata-se, em geral de solos frraliticos ou fersialiticos.
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1.2 CARACTERISTICAS E DISTRIBUIÇÃO DOS SOLOS DE MOZAMBIQUE
As características e distribuição dos solos de Moçambique é variável o que faz com que os solos não sejam homogéneo.

Marbut considera apenas a existência de cinco grupos de solos ocorrendo na Colónia de Moçambique, dos quais varias características dou a seguir:
a) Solos vermelhos lateriticos: são solos com 25 a 90٪ de constituintes lateriticos (óxidos mais ou menos hidratados de alumínio, ferro, titânio e manganés);
b) Solos vermelhos: são solos contendo menos de 25٪ de constituintes lateriticos e elevada percentagem de silicato de alumínio, encontrando-se a sílica tanto combinada como sob a forma de quartzo e sendo raras as concreções ferruginosas;
c) Terras negras: solos negros, de textura pesada e estrutura granulosa e com um horizonte de acumulação de carbonates que se encontra por vezes muito próximo da superfície;
d) Solos claros: são grupo muito heterogéneo de solos de diversas cores e textura variável, apresentando normalmente proporção apreciável de carbonate de calcário e ocorrendo em geral em regiões de topografia mais acidentada que a das terras negras;
e) Aluviões: são solos de origem de deposição sedimentar, formado em materiais em geral grosseiro, mal rolados, e amais ou menos soltos, transportado por correntes de água.

Schokalsky distingue três grupos de solos pedalféricos: solos fracamente lavados sob florestas e matos arbustivos xerófilos, solos vermelho-acastanhados em savana tropical das regiões alternadamente húmidas e árida e solos vermelhos sob floresta tropical húmida, e entre os solos pedocalicos, Schokalsky assinala também a existência de três grupos principais: solos do grupo das terras negras das pradarias, terras negras das savanas áridas e solos castanhos das estepes áridas.



CLASSIFIÇÃO DE GRUPOS DE SOLOS DO SUL DO SAVE
Os solos das províncias do Sul do país foram provisoriamente agrupados, adoptando-se o seguinte esquema de classificação.
A — Solos pedalféricos.
1 — Solos vermelhos
a) Solos vermelhos da Namaacha.
b) Solos vermelhos sobre basaltos da Moamba.
2 — Solos vermelhos arenosos dos Urrongas.
3 — Solos da faixa arenosa costeira.
a) Solos arenosos melanizados.
1) Solos avermelhados arenosos a franco-arenosos.
2) Solos castanho-avermelhados franco-arenosos.
3) Solos acastanhados arenosos.
b) Solos arenosos claros.
1) Solos cinzentos.
2) Solos amarelos.
4 — Solos cinzentos arenosos do Chiaquelane.
B — Solos pedocalicos.
1 — Terras negras e cinzentas pedocalicas.
a) Barros negros da Moamba.
b) Solos cinzentos do Guija.
2 — Solos pardos, pardo a vermelhados e pardo-acinzentados das regiões áridas e semi-áridas.
C — Solos calomórficos.
d) — Solos holomórficos.
E — Solos hidromórficos.
1 — Machongos.
2— Solos vlei.
1— Solos argilosos das baixas.
F — Solos aluvionares.


3 DESCRIÇÃO DOS GRUPOS DE SOLOS
A — Solos pedalféricos.
1 — Solos vermelhos.

a) Solos vermelhos.
São solos vermelhos, argilo-arenosos a argilosos, de camada superficial castanho-avermelhada a cor de chocolate. A sua espessura é muito variável, sendo frequentes os casos de solos delgados o esqueléticos. Encontram-se, por via de regra, relacionados com a formação geológica das Lavas Pos-Karroo e com certas rochas companheiras dos basaltos. Podemos considerar estes solos pedo-gènicamente relacionados com os solos vermelhos lateriticos caracterizadas por alta pluviosidade e relativamente baixas temperaturas.
Figura: solos vermelhos

b) Solos vermelhos sobre basaltos.
São solos de camada superficial, castanho-avermelhada, por vezes muito escura, argilosa e de estrutura granulosa, apresenta espessura variando de 10 a 25 cm e bransita gradualmente para terra vermelha cor de chocolate, argilosa forte, compacta a muito compacto, fendilhada, de estrutura torronosa a prismática, com nódulos calcários e geralmente muito espessa (65-90 cm). O pH cresce com a profundidade de 5,9 a 6,3. O horizonte C é constituído por basalto em adiantado estado de Meteorização.
Figura: solos vermelhos sobre basalto
2 Solos Vermelhos Arenosos.
São solos de cor vermelha pronunciada e de textura arenosa fina a franco-arenosa; a compacidade passa de friável na primeira camada a firme nas mais profundas. A camada superficial mostra tonalidade acastanhada, escurecida pela presença de matéria orgânica indecomposta e em vias de decomposição; a transição desta camada para as mais profundas opera-se gradualmente.
Figura: solos vermelhos arenosos

3 Solos da Faixa Arenosa Costeira.
Atribuíram esta designação a uma faixa quase ininterrupta de solos arenosos que orla a costa da província desde a Ponta do Ouro a foz do Save. Por vezes esta faixa alarga-se extraordinariamente, chegando a atingir muitas dezenas de quilómetros na sua maior largura, de onde em onde ocorrem solos nitidamente vermelhos, como por exemplo, na Matola, Ponta Vermelha, Marracuene, Manhiça, Magude, Chibuto, e Podendo derivar de grés altamente ferruginosos, visíveis na Ponta Vermelha e em Magude.
Figura: solos da faixa costeira arenosa

Em certas regiões os solos distribuem-se de forma a constituírem complexos de carácter quaternário; é o caso da região compreendida entre o Chongoene e o Chidenguele e entre estes postos e Manjacaze, verificando-se uma, sucessão geralmente constituída por solos vermelhos nos cimos bem drenados dos cuteiros, solos avermelhados de coloração vermelha menos intensa nas encostas e por solos cinzentos sobre material esbranquiçado com manohas amareladas ou então, o que é mais frequente, por machongos, nas baixas.

Noutras regiões, como por exemplo na área designada regionalmente por «Serra», na circunscrição do Bilene, é vulgar a ocorrência de solos de camada superficial cinzenta, mais ou menos escura, assentando sobre camadas avermelhadas umas vezes, amareladas outras. Ao sul do vale do Umbeluzi predominam solos arenosos cinzentos associados a machongos nas baixas.
A parte dos casos apontados, não existe na faixa arenosa e costeira uma massa rígida, bem definida, que nos possa habilitar a estabelecer uma lei rigorosa sobre a forma como se distribuem os diversos tipos de solos arenosos que a constituem.
Observa-se como feição geral mais característica, sujeita a excepções numerosas, além da natureza arenosa fina a franco-arenosa, uma certa tendência para uma textura ligeiramente mais fina e para tonalidades mais escuras a medida que se caminha do interior para uma orla sob costeira. Seguindo essa direcção, constata-se sucessivamente um predomínio do interior para a costa, das sob faixas seguintes: solos arenosos claros (cinzentos a amarelos), solos arenosos avermelhados, solos arenosos acastanhados e dunas litorais.
Por esta diferenciação afigura-nos seremos responsáveis a natureza do material originário e o aumento de pluviosidade do interior para a costa.

Os solos arenosos cinzentos e esbranquiçados estão em regra relacionados com calcários sedimentares ou com grés cinzentos-escuros; os solos avermelhados e acastanhados são, ao que parece, dunas antigas já há muito fixadas, na qual agrupamos os solos da faixa arenosa costeira em dois grupos:

A) Solos Arenosos Melanizados.
Destaca-se nestes solos a matéria orgânica cedida as areias pelo manto, por vezes exuberante e denso que nelas se desenvolve, imprime carácter ao solo, permitindo no perfil uma nítida diferenciação nas três camadas seguintes: camada superficial, rica em resíduos orgânicos ainda não decompostos e em vias de decomposição; camada de transição, ainda com matéria orgânica, encontrando-se esta já intimamente associada a parte mineral; e, finalmente, uma terceira camada que reflecte o material arenoso já aparentemente destituído de húmus e que se vai tornando de coloração mais viva e de maior compacidade com a profundidade.

Baseando, na cor da terceira camada, subdividimos os solos arenosos melanizados nos três subgrupos:
1) Solos avermelhados arenosos a franco-arenosos;
2) Solos castanho-avermelhados franco-arenosos, e
3) Solos acastanhados arenosos.

1) Solos Avermelhados Arenosos A Franco-Arenosos.
Os solos vermelhos apresentam uma camada superficial vermelha escura a vermelhada acastanhada, franco-arenosa e geralmente espessa (20-65 cm), assentando, mediante transição gradualmente outra de cor vermelha intensa, também franco-arenosa, firme, e a profundidade variável (0,60-1,10m).
Aos solos pardo-avermelhados cabe, dentro deste subgrupo, um predomínio marcado. A primeira camada, de espessura variando entre 15 e 30 cm, arenosa fina a franco-arenosa, solta a friável e, quando não muito afectada pelo cultivo, rica em matéria orgânica, assenta numa outra transitando gradualmente para terra pardo-avermelhada, franco-arenosa, friável a firme e que coineja a aparecer de 0,55 a 0,95 m. A coloração destes solos varia desde o vermelho intenso ao pardo-aver-melhado.

2) Solos Castanho-Avermelhados Franco-Arenosos.
São solos com horizonte superficial castanho-avermelhado a castanho-acinzenitado escuro (devido a presença de matéria orgânica), de textura arenosa fina a franco-arenosa, friável e, geralmente espesso; a camada subjacente é castanho-avermelhada, franco-arenosa, e firme. A passagem da camada superficial para as inferiores faz-se por transição gradual. O pil decresce de 6,15 na camada superficial para 5,6 na de transição, retomando de novo o valor 6,15 na terceira.

3) Solos Acastanhados Arenosos.
Estão englobados nesta categoria os solos arenosos de cor pardos a parda acastanhada. A primeira camada, cinzenta de tonalidade acastanhada, parda-escura e acastanhada escura, é arenosa, solta a friável e de espessura variável entre 20 e 45 cm; transita gradualmente para material arenoso a franco arenoso, pardo acastanhado, friável a firme. A reacção varia entre 4,7-7,8 na camada superficial a 4,9-6,4 nas camadas mais profundas.

b) Solos arenosos claros.
Distinguiram dos solos arenosos melanizados por não ser tão evidente a riqueza em matéria orgânica da camada superficial, se bem que, como já dissemos, possam existir também solos claros melanizados. Segundo a coloração dominante, assim estaremos em face de solos cinzentos ou solos amarelos.

1) Solos Cinzentos
São solos arenosos, friáveis na camada superficial e firmes no interior. Existe uma transição suave da primeira camada para as mais profundas. Num dos perfis observados, o pH decresce com a profundidade de 4,8 para 4,2.
Em certas regiões, como no regulado de Macuana (Bilene), aparecem solos arenosos de camada superficial cinzenta sobre material esbranquiçado as amarelas que aumentam em número e dimensões com a porosidade.
É difícil fazer-se a distância entre os solos arenosos cinzentos de origem.

2) Solos Amarelos.
Nota-se grande desenvolvimento em Panda e Homoine principalmente, também se encontrem na circunscrição do Bilene, entre o Chibuto e Manjacaz, etc.
Os solos amarelos o friáveis, apresentam uma camada superficial com cerca de 20 cm de espessura, passando mediante uma ™™ de transição para uma outra, amarela. Num destes perfis o pH de camada superficial para 5,9 na mais profunda.

Solos cinzentos arenosos de Chiaquelane São dignos de menção especial por ser muito característico a da planície do Chiaquelane. Trata-se de uma depressão mais ou menos extensa, limitada por vertentes de areias cinzentas claras.
O aspecto fisionómico da vegetação é o de uma savana com morros de muchérn sobre os quais se desenvolvem Euphorbia e outras espécies; entre os morros vegetam gramíneas.
Os solos são constituídos por uma camada superficial, pouco extesam (10cm), cinzenta escura, arenosa e friável, assentando sobre uma outra cor de cinza, laxenosa e solta. A 45 cm surge uma camada cimentada, castanha muito escura, com manchas ferruginosas. Esta camada parece-me um grés (um tank) ferruginoso. O valor do pH é de 5,3 na primeira camada, 4,7 na segunda e 5,2 na terceira. Sendo muito frequentes solos semelhantes na província do Sul do Save em manchas distribuídas de forma a acompanharem do lado do interior os solos da faixa arenosa; em muitos locais devem confundir-se com os solos cinzentos de origem eólica. Exemplo: Magul, nas baixas do Chiaquelane, entre o Chibuto e Vila Gomes da Costa, em Manjacaze, entre Manjacaze e o Chicomo, etc.
Ocorrem também em regiões onde predominam outros tipos de solos, como por exemplo próximo da Ohamusca entre este local e o régulo Maguizemane, Guijaj, Chibuto, etc.
Os solos deste tipo apresentam uma camada superficial cinzenta escura, arenosa, friável, de 25 a 60 cm de espessura, que assenta sobre uma outra mas clara, geralmente solta; estas camadas repousam, por sua vez, numa camada cimentada (possivelmente um grés), evidenciando ou não manchas ferruginosas e que se encontra a profundidade variável.

B— Solos pedocalicas.
1 — Terras negras e cinzentas pedocalicas.
a) Barros negros da Moamba.
Ocupam a mancha geológica dos Basaltos Terciários, jazem na Moamba e áreas limítrofes solos negros, fortemente argilosos e muito fendilhados. Quando secos, em regra associados aos solos vermelhos sobre basaltos já descritos.
A vegetação que se desenvolve nesta área é constituída principalmente por espinhosas (Acácia spp. e Dicrostachys sp.), sendo o estado grandioso exuberante e dominado por gramíneas dos géneros Setaria e Themeda.
Nuns casos, a primeira camada relativamente espessa (30-60 cm), nitidamente negra, argilosa forte, de estrutura geralmente granulosa, muito fendilhada e com módulos calcários, segue-se terra castanho-avermelhada com espessura variando entre 0,70 a 1,00 m, também argilosa forte, de estrutura prismática, compacta, fendilhada e com módulos calcários; esta assenta sobre basalto em adiantado estado de meteorização. Noutros casos, os solos são negros em todo o perfil, variando a espessura do solum entre 0,50 e 1,10 m.
As descrições elaboradas por Van der Merwe para os solos de «Springbok Flats» do Transval podemos depreender uma grande afinidade entre estes solos e os solos da Moamba.

b) Solos cinzentos do Guija.
Toda a área não aluvionar, conhecida regionalmente por mananga, que se estende de Magude ao Guija, na margem direita do Limpopo, e do Nalazi, na margem esquerda, é constituída principalmente por solos cinzentos, ricos em concreções calcarias, cujas dimensões e frequência aumentam com a profundidade, e de subsolo por vezes cimentado. A camada superficial, de 15 a 30 cm de espessura, arenosa e solta, assenta sobre terra cinzenta levemente mais clara que a anterior, argilo-arenosa, compacta, cimentada nalguns perfis; segue-se um horizonte, também cinzento, argiloso-arenoso a argiloso, rico em concreções calcárias.
A espessura da segunda camada é muito variável, atingindo nalguns casos 1,15 m. 0 pH aumenta com a profundidade de 5,5-6,1 na primeira camada para 7,8-8,Q na terceira.

 Estes solos estão relacionados com materiais do Quaternário que devem ser ricos em calcário, Semelhantes a estes ocorrem também em pequenas manchas nas baixas do Inhassune, entre Inharrime e Panda, e do Inhanombe, entre Nhacoongo e Manhioa.
  
2 — Solos pardos, pardo-avermelhados e pardos acinzentados das regiões áridas e semi-áridas.
Os solos apresentam um horizonte superficial com cerca de 30 cm de espessura, pardo-acinzentado, franco-arenoso, friável, de pH 5,9, assentando sobre um outro pardo, de tonalidade levemente avermelhada, argiloso, compacte, com muitas concreções alcareas, de pH 7,6; segue-se finalmente uma camada parda, levemente mais clara que a anterior, argilosa, muito rica em concreções calcarias e de pH 8,3.
Estes solos devem formar-se a partir de materiais originários do Cretácico superior; os calhaus rolados aparecem com frequência. Por exemplo no posto de Massingir é frequente o aparecimento em pequenos plateaux de manchas de solos que designamos por solos pardos.
Na Carta Provisória dos Solos do Sul do Save, além de solos pardos, pardo-avermelhados e pardo-acidetados, ocorrem também solos cinzentos pedalicos, manchas de solos arenosos amarelos das formações gregárias de Androsttachys, solos halomórficos, solos hidromórficos, e terras aluvionares, solos esqueléticos e mal desenvolvidos e, por ventura, outros solos.
O mesmo facto, o da ocorrência dos diversos tipos de solos mencionados, se dá em relação as áreas dos postos de Funhalouro e Mabote, parece-me que predominam os solos arenosos claros; dai o termo feito abrange na Carta Provisória parte dessa área pela inscrição «solos arenosos claros».
C— Solos calomórficos.
São solos de cor vermelhos intensos, argilosos e compactos; a camada superficial, de uma espessura que varia entre 15 e 30 cm, cinzento-avermelhada, castanho-avermelhada, e geralmente argilo-arenosa. O pH varia ao longo do perfil de 6,3 a 8,1. São em regra, espessos, começando no entanto a aparecer elementos grosseiros é casoalho calcário a 60 cm de profundidade.

D— Solos halomórficos.
Encontram-se frequentemente em pequenas manchas disseminadas na área ocupada pelos solos cinzentos do Guija. O aspecto da vegetação é característico dos terrenos salgados, verificando-se ausência quase total de árvores e o estrato herbáceo reduz-se a plantas halóficas, do género Salicornio, principalmente, distribuídas dispersamente.
Nota-se nestes solos o fendilhamento superficial e a presença de manchas salinas esbranquiçadas. Que em geral, ocupa áreas de drenagem muito deficiente e encontram-se parcialmente alagados; no fim da estação seca adquirem o aspecto superficial. Sendo dignos de menção especial os solos halomórficos do vale do rio Changane, de que se podem observar extensões consideráveis quer próximo do Chibuto, quer em Maquese (próximo de Vila Gomes da Costa).
Concluindo, não posso deixar de me referir aos solos salgados da orla marítima, merecendo-nos particular referência os dos estuários do Incomati e do Limpopo e os das margens de cartas lagoas salgadas.
Figura: solos halomorficos

E— Solos hidromórficos.
São solos cinzentos muito escuros a negros, muito ricos em matéria orgânica, fofos (estremecendo com o andar), de textura variando entre arenosa e argilosa, e com abundância de água, que impede a rápida de composição da matéria orgânica.

Sendo notórios na faixa arenosa costeira, em áreas baixas mais ou menos planas, para onde afluem as águas que drenam das encostas arenosas circunjacentes, são dado como razão de aparecimento de solos hidromórficos orgânicos, conhecidos regionalmente por machongos, nos quais ocorrem também ao longo dos cursos de água ao atravessarem esta faixa e em torno das lagoas que nela existem. Pelo seu elevado teor em matéria orgânica ardem quando bem secos.

Barradas classifica os machongos em puros, arenosos e argilosos, baseando-se fundamentalmente na localização, que pela natureza diversa dos locais em que ocorrem, margens aluvionares e faixa arenosa, devem ter influência marcada.

Pereira Coutinho classifica-os quanto a origem em autóctones e alotóctones conforme os resíduos orgânicos resultam da vegetação que se desenvolve no próprio local ou em local diferente, considerando ainda o caso dos machongos do tipo misto.
Apresentam um teor em carbono orgânico que chega a atingir o valor de 41,58٪ e os valores do pH raramente excedem 5.

2 Solos «Vlei».
A mancha dos solos cinzentos do Guija é frequentemente interrompida por baixas ocupadas por solos negros argilosos, compactos, fendilhados e com nódulos calcários e concreções ferruginosas. Trata-se de extensas pradarias (apenas com gramíneas) alagadas durante a época das chuvas e que constituem durante essa época vias de drenagem de cursos de água permanente.
3 Solos Argilosos Das Baixas.
Por esta designação abrangimos os solos que ocupam, já as costas inferiores, a zona de transição dos solos cinzentos do Guija para as áreas aluvionares dos vales do Limpopo e dos elefantes.
São solos cinzentos, por vezes muito escuros, quase negros, extraordinariamente argilosos e compactos, muito fendilhados, sendo bem evidentes, nalguns casos, indícios de gleysação nos horizontes inferiores. Estão, em geral, relacionados com povoamentos puros ou quase puros de Acácia Xanthophloea.
Os solos são aqui cinzentos-escuros, argilosos e assentam, as vezes a pequena profundidade, sobre um horizonte gley característico e muito compacto.
  
Figura: solos argiloso das baixas

F— Solos Aluvionares.
São solos formados a partir dos materiais carregados pelos cursos de água e depositados nas suas margens após as cheias. Foram apresentados na Carta a distribuição aproximada das principais aluviões, que são mencionados a seguir pela ordem relativa da sua importância aluviões dos vales do Limpopo, Incomati, Umibeluzi, do Rio dos Elefantes, Maputo, Save e Mazinchopes. A própria natureza aluvionar destes solos sugere grande variabilidade de local para local.
A disposição, espessura e natureza das camadas variam muito de perfil para perfil consoante a extensão e impetuosidade das cheias que deram lugar aos fenómenos de deposição. Sendo que a medida que nos vamos afastandos do curso dos rios, as camadas de areia, as franco-arenosas e arenolimosas vão, como é óbvio, cedendo gradualmente o seu lugar a outras argilo-arenosas e argilosas; com efeito, constata-se que as aluviões mais afastadas do leito dos rios são fortemente argilosas, só raramente aparecendo camadas de textura ligeira.

As aluviões antigas, por outro lado, vão se diferenciando de molde a mostrarem impressas no perfil as características dos processos pedogénicos responsáveis pela formação dos solos das áreas adjacentes. É curioso notar o que a este respeito se observa no Vale do Limpopo.
Figura: solos aluvionares

A representação cartográfica dos solos da província do Sul do Save foi iniciada por Milne. Delimitando assim, principalmente, complexos zonais, de preferência a grandes grupos zonais, para dar uma ideia mas sugestiva dos diferentes tipos de solos que ocorrem em determinada área. Assim, nas áreas não aluvionares do Guija, por exemplo, existem, a par dos solos cinzentos pedoalicos, que predominam, os solos vermelhos calomórficos, os solos hidromórficos e os solos holomórficas, encontrando-se estes mas raramente. O facto de ter usado traços vermelhos e violações interrompidos significa que os solos vermelhos e halomórficos são diferentes dos que se encontram noutros locais e que serão representados por traços da mesma cor, mas a cheio.

Os limites das manchas são aproximados, estas duas regiões, a parte duma das quais corresponde a designação de «solos arenosos claros»., constituem, além do que ainda se encontra em branco, as duas maiores lacunas da Carta Provisória, exigindo estudos cuidadosos que nos permitam caracterizar e delimitar com maior segurança os diferentes grupos de solos que ais se encontram.
Há solos que por dificuldades de representação inerentes a escala, não vêm expressos na Carta; é o caso, por exemplo, dos solos esqueléticos e mal desenvolvidos.




2 – CLASSIFICAÇÃO DOS GRUPOS DE SOLOS
Nessa classificação são agrupados provisoriamente os diversos solos até agora identificados na Colónia de Moçambique, para facilitar a sua descrição e cartografia. Tendo como Esboço:
A — Solos pedalféricos.
1 — Solos vermelhos.
2 — Solos cor da laranja, alaranjados e amarelos.
3 — Solos cinzentos.
4 — Solos do Planalto dos Macondes.
5 — Solos vermelhos arenosos dos Urrongas.
6 — Solos da faixa arenosa costeira.
B — Solos pedocalicos.
1 — Terras negras e cinzentas pedocalicas.
2 — Solos castanhos.
3— Solos pardos, pardo-acinzentados e pardo-avermelhados das regiões áridas e semi-aridas.
C — Solos holomórficos.
D — Solos halomórficos.
E — Solos hidromórficos.
1 — Machongos.
2 — Vlei.
3 — Solos dos dambos.
4 — Solos argilosos das baixas.
F — Solos aluvionares.

3-CLASSIFICAÇÃO DOS GRUPOS DE SOLOS
A — Solos pedalféricos.
1 — Solos vermelhos.
Solos vermelhos foram classificados como sendo solos de cor vermelha mais ou menos intensa, sujeitos ao processo de laterizaçao Se bem que aceitemos a classificação proposta por Botelho da Costa e Azevedo não me é possível, neste momento, por falta de dados analíticos, fazer a distinção entre laterite e solo lateriuco. Sendo que no Esboço Pedológico não se fez contudo qualquer tentativa para diferenciar os tipos em que os solos vermelhos se podem subdividir.
a) Solos vermelhos lateriticos.
Normalmente são solos profundos, de cor vermelha mais ou menos intensa em todo o perfil, com excepção da primeira camada que frequentemente é cor de chocolate, em geral de textura argilosa, friáveis, de pH baixo e diminuído com a profundidade, não se encontrando concreções ferruginosas ou, se essas aparecem, são muito raras e de pequenas dimensões.
Predominam nas regiões altas muito chuvosas (de pluviométrica média anual superior a 1:000 mm) e temperatura relativamente baixa (temperatura média anual cerca de 20° C), formando-se a partir de material originário proveniente de rochas ígneas e metamórficas ácidas, tendo já sido identificados em Metónia, lIe, Alto Molócuè, Guruè, Milange e Tacuane, e supomos que os solos da Angónia, Baruè, Manica, Chimoio e Gorongoza se devam incluir também neste» grupo.
Admitem a hipótese de os solos da Namaacha serem solos vermelhos lateriticos, se bem que o seu grau de laterização não seja muito avançado.

b) Solos cinzentos lateriticos ferruginosos.
São solos muito parecidos com os solos vermelhos lateriticos, mas de textura variável, e apresentam concreções ferruginosas abundantes (as vezes mesmo nos horizontes superficiais), cujo número e tamanho aumentam com a profundidade; a certa profundidade as concreções desaparecem, sendo a transição brusca para uma camada de greda, que assenta muitas vezes sobre zerzatz.
São muito frequentes estes tipos de solo nos planaltos médios do Niassa e Zambézia e mesmo em zonas mais baixas destas duas províncias, e suponho que ocorram também nas zonas altas de Manica e Sofala.
Figura: cinzentos lateriticos ferruginosos

c) Solos cinzentos lateriticos com bancadas.
Estes apresentam a profundidade variável uma camada de concreções e cimentadas formando bancada. As bancadas de concreções podem ser do tipo pisolítico ou do tipo celular.
Devido a fenómenos erosivos, as camadas superficiais podem estar completamente arrastadas, ficando expostas as bancadas, as vezes em extensões apreciáveis.

d) Outros solos vermelhos.
Diante desta designação, refiro-me reunir solos vermelhos, sujeitos ao processo de latinização mas formados a partir de materiais originários provenientes de outras rochas que não são as ígneas e metamórficas ácidas. Estes solos encontram-se em geral em pequenas manchas isoladas e só foram identificados ainda na província do Niassa.
Figura: solos vermelhos

2 — Solos cor de laranja, alaranjados e amarelos.
Pode-se distinguir nestes solos, tal como no caso dos solos vermelhos, os seguintes tipos: lateriticos, lateriticos ferruginosos e lateriticos com bancadas.
Os solos cor de laranja, alaranjados e amarelos estão relacionados com os solos vermelhos, ocorrendo normalmente em sucessão, formando catenas.
Os solos vermelhos ocupam os pontos de icota relativa mais elevada, seguindo-se-lhe os solos cor de laranja, depois os alaranjados e finalmente os solos amarelos, que se encontram em cotas mais baixas. Esta sucessão é provocada na maior parte dos casos pelas condições de drenagem, correspondendo os solos vermelhos aos locais mais bem drenados e os solos amarelos a locais de drenagem deficiente.
Na sua quase totalidade os solos até agora identificados formaram-se a partir de materiais originários provenientes de granitos e gneisses. As observações feitas em trabalho de campo levam a crer que a textura e a intensidade da cor são afectadas pela composição mineralógica da rocha-mãe.
Na província da Zambézia e principalmente na do Niassa, já foram definidas catenas com características semelhantes a que atrás referem.

3 — Solos cinzentos.
Os solos cinzentos são solos sujeitos ao processo de laterização, mas devido ao facto de se encontrarem geralmente em áreas baixas, de drenagem difícil, verifica-se uma gieysagao mais ou menos intensa, e encontram-se associados aos solos vermelhos, cor de laranja, alaranjados e amarelos, sendo normalmente raro dos últimos solos da sucessão catenária.
Os solos cinzentos até agora estudados podem subdividir-se em três tipos Fundamentals: solos cinzentos com horizonte gley, solos cimentos lateriticos ferruginosos e solos cinzentos lateriticos com bancadas.
a) Solos cinzentos com horizonte «gley».
A primeira camada destes solos é em geral de cor cinzenta mais ou menos escura, assentando sobre uma outra parda, pardas-acinzetada ou parda-amarelada, compacta, as vezes com concreções ferruginosas pouco abundantes. A certa profundidade aparece um horizonte gley típico onde acidentalmente se encontram também concreções ferruginosas.
Os solos cinzentos com horizontes gley ocorrem geralmente em áreas quase planas, de certa extensão, que estabelecem a transição entre as encostas as baixas. Estes solos têm sido encontrados principalmente na província do Niassa.



b) Solos cinzentos lateriticos ferruginosos.
Os solos cinzentos lateriticos ferruginosos têm a primeira camada de cor cinzenta escura, de espessura variável, mas normalmente delgada, assentando sobre uma outra, em geral espessa, de cor cinzenta clara ou mesmo esbranquiçada que Itransita gradualmente para um horizonte livremente escuro, as vezes de tonalidade pardacenta, com concreções ferruginosas. A textura e a compacidade variam imenso, desde solos arenosos, soltos ou friáveis, a solos argilosos, compactos.
Estes ocorrem em áreas de drenagem deficiente e foram descritos nas províncias do Niassa e Zambézia.
Figura: solos vermelhos lateriticos

c) Solos cinzentos lateriticos com bancadas.
São solos muito parecidos com os solos cinzentos lateriticos ferruginosos, mas neste caso as concreções estão soldadas formando bancada, por vezes a camada que esta imediatamente acima das bancadas é de cor parda-amarelada, ou mesmo amarelada.

4 — Solos do Planalto dos Macondes.
Encontra-se no extremo nordeste da província do Niassa uma grande mancha de solos que foram designados, a falta de termo mais apropriado, por solos do Planalto dos Macondes, tendo origem a partir de material originário proveniente de grés do Cretácico, sujeitos a uma intensa lavagem (altura pluviométrica anual média superior a 1:000 mm), de cores claras (por vezes cor de chocolate clara e solos vermelhos), textura ligeira (até franca, e argiloso-arenoso), friáveis a firme, muito permeáveis.
A marca mais importante destes solos encontra-se no Planalto dos Macondes, aparecendo também solos idênticos a estes na Serra Mapé (Macomia).
5 — Solos vermelhos arenosos dos Urrongas.
Os solos vermelhos arenosos dos Urrongas foram já caracterizados na Carta Provisória dos Solos do Sul do Save (3.3.A.2).
6 — Solos de faixa arenosa costeira.
Os solos de faixa arenosa costeira estendem-se por uma faixa que vai de Ponta do Ouro a foz do Rovuma, com soluções de continuidade de onde em onde. Estes solos tem sido mais bem estudados no Sul do Save, onde a faixa arenosa. Costeira atinge maior largura, e numa pequena área do Niassa, a península de Fernão Veloso.

Estes solos podem ser subdivididos em:
a) Solos arenosos melanizados.
1) Avermelhados arenosos a franco-arenosos.
2) Castanho-avermelhados franco-arenosos.
3) Acastanhados arenosos.         
b) Solos arenosos daros.
1) Cinzentos
2) Amarelos.
3) Alaranjados.
Os solos arenosos melanizados só foram identificados na província do Sul do Save, pelo que não se faz referenda pormenorizada.
Dos solos arenosos claros já foram descritos no Sul do Save solos cinzentos e amarelos e no Niassa encontram-se também solos alaranjados.
Os solos alaranjados, amarelos e cinzentos formam em geral, no Niassa, complexos de carácter catenária, ocupando os solos alaranjados os pontos de cota relativa mais elevada e os solos cinzentos os de menor cota.

B — Solos pedocalicos.
1 — Terras negras e cinzentas pedocalicas.
Os solos nitidamente sujeitos ao processo de calcificação e cuja cor vai desde a cinzenta a negra, foram classificados como terras negras e cinzentas pedocalicas, havendo no entanto pequenas manias de solos pardo-acinzentados ou pardo-anegrados, porem é muito difícil incluir estes solos num esquema geral de classificação, pois as terras negras tropicais estão ainda estudadas. Também, neste Esboço não se faz qualquer tentativa para distinguir os diversos tipos em que subdividimos as terras, negras e cinzentas pedocalicas.

a) Terras negras.
São aquelas que apresentam em geral uma primeira camada delgada, argilosa, estrutura granulosa (as vezes grosseira), compacta a muito compacta, nas camadas subjacentes são argilosas fortes, compactas a muito compactas, fendilhadas, com concreções calcárias (que por vezes aparecem também na primeira camada), tendo formações calcárias do Cretácico ou posteriores e em regiões de altura pluviométrica anual média inferior a 1:000 mm e de temperatura anual média igual ou superior a 20o C.
As terras negras encontram-se de norte a sul da Colónia em manchas isoladas, tendo sido já identificadas em Macomia, Quissanga, Porto Amélia, Memba, Nacala, Mossuril, Mecanhelas, margens do Lago Ghirua, região de Megaza, Chemba, Maringué, Nova Chupanga, Chibabava, Baixo Mossurize e Maputo.

Solos Barros negros da Moamba.
Designa-se por barros negros da Moamba, os solos formados a partir de material originário derivado de basaltos.

b) Terras cinzentas.
São solos muito parecidos com as terras negras, não se possuindo ainda elementos que permitam propor qualquer hipótese para explicar a diferença na coloração.
Exemplo: Solos cinzentos do Guija, caracterizados na Carta Provisória dos solos do Sul do Save.

c)-Solos castanhos.
Caracteriza-se por ter uma camada superficial de cor castanha ou pardo--acinzentada, argilosa forte, compacta a muito compacta; na qual as camadas inferiores são castanhas, as vezes castanho-avermelhadas, argilosas, de estrutura prismática, compactas e com concreções calcárias, tendo-se verificado, em Porto Amélia e Memba, sobre calcários do Cretácico, onde a altura pluviométrica anual média é cerca de 800 mm e a temperatura anual anda, a volta dos 26°O.
Solos pardos, pardo-acinzentados e pardo-avermelhados das regiões áridas e semi-áridas foram ainda descritos numa extensa área do Sul do Save.

c) Solos calomórficos.
Os solos calomórficos estudados na nossa Colónia resumem-se aos solos vermelhos calomórficos, já descritos na Carta Provisória dos Solos do Sul do Save.

d) Solos halomórficos.
Encontram-se na nossa Colónia dois tipos de solos salgados: solos halomórficos continentais identificados no Sul do Save, ignorando-se ainda a que grupo genético pertencem (S.S.D) e solos salgados de origem marítima (ao longo da costa, no estuário e curso inferior dos principal rios e nas margens de lagoas. litorais de água salgada).
Em Moma tivemos ocasião de notar que, devido a uma transgressão, os lodos marítimos cobriram bancadas (de antigos solos lateriticos), expostas pela erosão, vendo-se hoje mangais desenvolvendo-se perfeitamente nestas condições.
Figura: solos halomorficos
e) Solos hidromórficos.
São muito variados os tipos de solos hidromórficos que se encontram em Moçambique, tendo alguns deles chamados a atenção de vários autores.
Os solos hidromórficos já estudados foram subdivididos em quatro tipos principais.
Fiugra: solo hidromorficos no chiveve
1 — Machongos.
De todos os solos hidromórficos, os machongos são os mais bem estudados, porque ocupam áreas relativamente extensas no Sul do Save e têm excepcional interesse sob o ponto de vista do fomento agrícola, também na Carta Provisória dos Solos do Sul do Save faz-se referencia pormenorizada a estes solos, pois é nesta Província que os machongos são mais característicos.
2 — Solos «vlei».
Os solos vlei têm a camada superficial geralmente espessa, parda anegrada, cinzenta escura ou negra, argilosa, estrutura granulosa grosseira, com fendas verticais, compacta, em regra com concreções ferruginosas e nódulos calcários; a segunda camada é normalmente parda, argilosa forte, fendilhada, muito compacta e apresenta muitas concreções ferruginosas e nódulos calcários, verificando-se em depressões ou em áreas baixas, mal drenadas, nas margens de algumas linhas de água. Com frequência os solos vlei fazem parte de catenas, associados a solos vermelhos, cor de laranja, alaranjados, amarelos e cinzentos.
3 — Solos dos dambos.
Os solos dos dambos são solos de camada superficial, parda-acinzentada ou cinzenta, de textura variável mas frequentemente argilosa, firme a compacto»; as camadas inferiores são amarelas ou amareladas, argilo-arenosas ou argilosas, com manchas cor de ferrugem e com raras a algumas concreções ferruginosas a certa profundidade, encontram-se em depressões características, conhecidas pelo nome de dambios, muito frequentes nas províncias da Zambézia e do Niassa.
4 — Solos argilosos das baixas.
Os solos argilosos das baixas têm a primeira camada cinzenta muito escura, por vezes negra, fortemente argilosa, assentando sobre camadas de cor cinzenta, pardo-acinzentada ou pardo-amarelada, argilosas fortes, muito compactas, fendilhando quando secas e apresentando manchas cor de ferrugem e concreções ferruginosas. São solos que ocorrem em áreas baixas, mal drenadas, conhecidas em certas regiões por tandos.
F— Solos aluvionares.
Os solos aluvionares são solos pouco ou nada diferenciados pedogénicamente, com características muito variadas que dependem das aluviões que lhes deram origem, por exemplo as aluviões dos Rios Zambeze, Chire, Búzi, Save, Limpopo, Incomati, Umbeluzi e Maputo.


1.1              FACTORES DE SUA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL
A formação dos solos e o seu desenvolvimento, são função da natureza da rocha-mãe, do clima, do relevo, dos organismos vivos ou mortos, de regime hídricos no subsolo, da duração do processo pedológico e da intervenção humana.
Segundo a carta pedológica de Gouveia A. Sá e Melo Marques (1972), destaca simultaneamente, aspectos relacionados com a idade, a influência do clima e da natureza geológica e das condições hídricas e morfológicas locais. Neste contesto, a distribuição dos solos moçambicanos não será homogénea, sendo que esta, esta sujeita, ao tipo de relevo, vegetação, clima, o tempo de acção e dos organismos.
Na região Norte por exemplo é caracterizada por rochas do Precâmbrico e altas precipitações, os solos predominantes são argilosos, variando entre franco argilosos –avermelhados que ocupam a maior parte e os argilosos vermelho acastanhados profundos com boa permeabilidade e drenagem.
Os solos francos argilosos são bastante vulneráveis à erosão enquanto os argilosos e os castanhos são menos susceptíveis.
No litoral da zona norte a presença de rochas do Fanerozóico provoca uma alteração dos solos. Aqui predominam os arenosos de dunas costeiras e fluviais, mas existem extensões de solos franco argilosos, arenosos acastanhados ao sul de Tete, prolongando-se ao longo da bacia do Zambeze.
No curso médio inferior deste rio os solos fluviais com elevada fertilidade tomam lugar, misturando-se primeiro com os anteriores e tornando-se mais dominantes na costa.
No sul predominam solos arenosos de baixa fertilidade e baixo poder de retenção de água sendo interrompidos de quando em vez por solos arenosos brancos fluviais e marinhos. Ao longo dos vales dos rios encontram-se solos fluviais de alta fertilidade.
Ao longo da fronteira sul e associando-se à cadeia dos Libombos existem solos delgados e pouco profundos, pouco aptos para agricultura.

1.2              POSSIBILIDADE DE SEU APROVEITAMENTO
Os solos são formados pela decomposição das rochas sob acção da temperatura e da água que provem das chuvas e rios.
O solo é importante recurso natural, pois através dele que obtivemos quase todos os nossos alimentos.
O solo é essencial para actividades agrícola, e mesma só pode ser produzida num solo fértil.      
O solo é um recurso básico, constituindo um componente fundamental dos ecossistemas e dos ciclos naturais, reservatório de água, um suporte essencial do sistema agrícola e um espaço para asa actividades humanas e para os resíduos produzidos   
Primeiro dizer que o solo é a camada superficial da terra onde habitam os seres vivos e desenvolvem as sua actividades. É dela onde ocorrem os recursos minerais. Ela tem como importância.
Figura: possibilidade do aproveitamento do solo
2. SOLOS URBANOS DE MOÇAMBIQUE (BEIRA)

A cidade da Beira e seus arredores pedologicamente pertence a zonas de solos fluviais de alta fertilidade. Solos de difícil lavoura em parte; eventual excesso de água e/ou salinidade (Atlas Geográfico vol. 1, 1986:13).

2.1 CARACTERISTICAS

Os solos da Beira, a sua maior parte são constituídos por sedimentos aluvionares, marinho e fluviais de idade recente e de grande espessura, que estão condicionados ao relevo plano com pequenas depressões, que permitem a acumulação de água.

Os principais solos podem ser agrupados em três categorias nomeadamente: fluviais marinhos de antigo leito e foz de Púnguè; solo dos terraços aluviais, solos salobros e solos dunares.

Nas áreas estuarinas protegidas da influência directa do Oceano, mas inundadas temporariamente e regularmente pelas marés, incluindo o canal de Chiveve, desenvolve-se solos aluvionares salobros.

São solos argilosos finos lodosos, inconsistente e salinos sem nenhuma utilidade para a prática de agricultura, mas que permitem o desenvolvimento da fauna e flora marinha.

Os solos dunares encontram-se na costa oriental da cidade ou em linhas nas baixas de Matacuane e Munhava. O seu perfil é indiferenciado e estão sujeito a uma erosão eólica.

Fiugra: solos da cidade da Beira

 

3. ZONAS AGRO-CLIMÁTICAS DE MOÇAMBIQUE
3.1 CONCEITO
São zona agro-ecológica as áreas com características naturais específicas e que as tornam particulares para o desenvolvimento de certas actividades agro-pecuárias. Elas são usadas como meio para definição de políticas e estratégias de desenvolvimento do sector agro-pecuário do país e de outros programas de desenvolvimento rural.
O Clima, a precipitação e a temperatura desempenham os papéis importantes na definição das zonas agro-ecológicas. O Clima muito variado em Moçambique é o componente do meio que maior influência exerce na distribuição das culturas pelo país. Foram feitos dois tipos de estudo agro-ecológicos:
Segundo Mário de Carvalho “Agricultura Tradicional de Moçambique – 1970” define 15 Zonas Agro-Ecológicas na qual estabeleceu mapas de distribuição das culturas tradicionais e definiu um certo número de regiões agrícolas.
Faz a estreita relação entre a distribuição e o clima, definindo o conceito de campos climáticos as condições de climas típicas de cada uma das culturas tradicionais. E que a falta de adaptação significaria demasiada frequência de anos de fome.
 Exemplo: Mandioca, Arroz, Feijões, Milho, Algodão e Caju

Concluiu que o camponês ao longo dos anos adaptou as sua culturas as condições locais, especialmente clima, de tal modo que com poucas culturas capaz de constituírem base para o desenvolvimento do mesmo.

INIA, Descrevem 10 Zonas Agro-Ecológicas
Figura 1. Distribuição das 10 Zonas Agro-ecológicas de Moçambique definidas pelo ex-INIA
 Fonte:Ministério de Agricultura e Pescas (1996)
Regiões agro-climáticas com estações de pesquisa

Zona de Altitude (m), Precipitação (mm), Clima, Solos predominantes (1) 100-500 400-800 Semi-árida seca, com pequena mancha semi-árida húmida, nas terras altas dos Libombos. Arenossolos e Nitossolos (2) 0-200 800-1000 Semi-árida húmida, com algumas manchas sub-humido, no litoral. Arenossolos, Fluvissolos e Manangas (3) 100-200 400-800 Semi-árida e árida Manangas e Arenossolos (4) 200-1000 1000-1200 Sub-húmida, com semi-árida húmida Ferralssolos e Luvissolos (5) 0-200 1000-1400 Semi-árida húmida, com húmida Fluvissolos e Arenossolos (6) 200-600 400-600 Semi-árida seca Lixissolos e Fluvissolos (7) 200-1000 1000-1200 Semi-árida húmida, com sub-húmidas Ferralssolos, Luvissolos e Acrissolos (8) 0-200 800-1200 Semi-árida húmida, com manchas sub-húmida e uma mancha relativamente extensa de semi-árida seca. Lixissolos, Leptossolos e Arenossolo

Caracterização
Climaticamente Moçambique varia de zonas áridas muito secas para zonas húmidas muito chuvosas
As Zonas semi-aridas são propícias para a agricultura de sequeiro, e este aspecto têm uma enumera relação com a selecção de culturas e padrões de cultivo.
O relevo, varia de 0 a 2000 metros acima do nível médio do mar. Onde estima-se que 94% da área encontra-se abaixo de 1,000 metros.
Na região Sul do rio Save, 90% da área encontra-se numa altitude abaixo de 200 metros. Aproximadamente, 40% da área nas províncias de Cabo Delgado e Zambézia e 60% nas províncias de Manica e Sofala encontram-se, também, numa altitude inferior a 200 metros.

As regiões de baixa altitude (200 metros) estão cobertas de solos arenosos pobres e, em solos aluvionares (províncias da Zambézia, Manica, Sofala e algumas zonas costeiras), de solos pretos (província de Cabo Delgado) e de solos castanhos e escuros derivados de basalto (região dos Libombos, província de Maputo).
A altitude compreendida entre 200 a 500 metros ocorre, principalmente na região norte de Moçambique. Os solos são muito variáveis em textura, podendo encontrar-se solos leves e muito pesados. A altitude compreendida entre 500 a 1000 m ocupa cerca de 25% da área e a grande proporção ocorre na região norte de Moçambique.
As altitudes acima de 1000 metros encontram-se dispersas pelo país (planaltos de Angonia, em Tete e Lichinga, em Niassa, Gurue, na Zambézia, e Mossurize e Serra Choa, em Manica).

3.2 PRINCIPAIS ZONAS AGRO-CLIMATICAS DE MOÇAMBIQUE
A maior zona agro-ecológica é a 7, que compreende partes das províncias de Cabo Delgado, Niassa, Nampula, Zambézia e Tete.

A menor zona agro-ecológica é a 9, que compreende apenas o planalto de Moeda e parte de Macomia, província de Cabo Delgado.
A fisiografia, população, clima, informação geológica e solos de cada zona agro-ecológica foi caracterizada.
Coqueiro, cajueiro-R2
Monocultura
Monocultura de arroz-R5
Arroz nos vales dos rios
Arroz nas planicies-R7
Mono cultura Algodão-R5
Monocultura mapira-R7
Batata Reno-R10
Monocultura cana-R5
A distribuição geográfica das principais culturas básicas, de rendimento fruteira pelas diferentes zonas agro-ecológicas do país é conhecida e os sistemas de produção variam muito pouco entre as zonas agro-cológica.
As diferença entre as zonas agro-Ecológica sugerem que embora possa haver similaridade entre Zonas, elas apresentam potenciais de produção específicas.



3.3 IMPORTANCIA DE ESTUDO DE ZONAS AGRO-CLIMATICAS   
Tem como importância identificar e avaliar as áreas que tem a maior e melhores condições para produção prognóstica e o sistema de produção mais apropriado na qual nos facilitara na transferência de tecnologia de uma dada área para a outra.
ü  Usar dados meteorológicos avaliando produtividade do potencial agrícola de diferentes culturas em diferentes zonas.
ü  Definir zonas de sistemas agrícolas, os riscos associados, sua produtividade, variabilidade, para o desenvolvimento de modelos produtivos para a produção alimentares.
ü  Realizar investigação aplicada e adaptativa sobre tecnologias e conhecimentos para fornecer resultados imediatos no aumento de produtividade.
ü  Reforçar a capacidade de investigação através da provisão de infra-estruturas e equipamento para uma investigação científica nas regiões agro-ecológicas.    
ü  Meio para o desenvolvimento de plantas terrestre, fonte de recursos minerais e matéria orgânica, para a produção de alimentos e fibras
ü  Suporte a estruturas e infra-estruturas










CONCLUSÃO
Finalmente a constituição do solo de Moçambique é variável o que faz com que os solos não sejam homogéneo. De acordo com a sua localização geográfica e astronómica, o nosso país possui uma grande variedade de solos típicos das regiões tropicais e subtropicais. De uma maneira geral na composição mineralógica dos solos Moçambicanos predominam materiais ferruginosos e aluminosos, sendo por isso, considerados pedalfericos ou feraliticos. Estas abundâncias de materiais ferruginosos e aluminusos, é fruto da resistência destes elementos aos processos de desagregação das rochas-mãe em condições climáticas de regime tropical. Moçambique possui uma grande variedade de solos típicos das regiões tropicais e subtropicais.
Quanto ao tipo, as várias classificações tomam em conta a composição mineralógica dos solos; a cor, a origem, a idade e os processos morfológicos e biológicos recentes.
Notei uma divergência no Marbut ao do Schokalsky quanto ao tipo de solos, na qual o primeiro considera a existência de cinco grupos de solos (lateriticos, vermelhos, negras, e claros), e no segundo considera a existência de três grupos (solos do grupo de terras negras das pradarias, terras negras das savanas áridas e castanho das estepes áridas)  
Nos factores de distribuição espacial dos solos moçambicanos, não é homogénea, visto que ela depende do tipo de clima, a rocha predominante, vegetação, organismos vivos e o tempo de formação do mesmo sendo que estes não actuam ao mesmo tempo em todo território.
 Quanto à zona agro-ecológica ou climáticas, percebi que são áreas com características naturais específicas e que as tornam particulares para o desenvolvimento de certas actividades agro-pecuárias, e que elas são usadas como meio para definição de políticas e estratégias de desenvolvimento do sector agro-pecuário do país e de outros programas de desenvolvimento rural.
Finalmente, o homem exerce grande influência na alteração e criação de zonas pedológicas através da sua acção de devastação da vegetação e de cultivo de plantas, d adubação, de irrigação, de drenagem, construção de terraços e outras obras e técnicas agrícolas.  


BIBLIOGRAFIA
AZEVEDO, A. L. COSTA, J. V. Botelho Da; -1947- Relatório do Trabalho de Campo. Missão Agrologica a Angola (1946). Dactilografado. Lisboa.
CARVALHO Mário de Agricultura Tradicional de Moçambique” – 1970    
ENDEREÇO Electrónico, www.google.com
GODINHO. 1970. Agricultura tradicional de Moçambique
INIA/DTA Zonas Agro-Ecológicas-1993.
MINED (1986); Atlas Geográfico. Vol 1. 2ª Ed. Revista Actualizada; Maputo
MUCHANGO, Aniceto Dos (1999); Paisagem e Regiões Naturais de Moçambique; Maputo,

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